A ideia, neste artigo, é convidar as TJ que o lerem a raciocinarem de acordo com as premissas que irei estabelecer (em artigos já escritos
e em futuros artigos já defendi e irei defender a veracidade das premissas que irei neste indicar), porém, aqui, meu pedido é que tais premissas sejam admitas por
verdadeiras, ainda que seja apenas durante a leitura e reflexão sobre este artigo.
Se as TJ se permitirem assim fazer (e se estiverem
lendo este Blog já estarão se permitindo fazer algo que o Corpo Governante [CG] proíbe, logo, não
estou pedindo nada de mais), terão melhores condições de entender a lógica que
me motiva a escrever e isso lhes dará melhores condições de analisar se tal
lógica é, realmente, lógica e, portanto, se dentro das premissas que me servem
de “ponto de partida”, tenho ou não (no todo ou em parte) razão naquilo que afirmo.
TESE - A doutrina das “novas
luzes” (baseada em Pv. 4:18) que as Testemunhas de Jeová (TJ) usam para
justificar as “mudanças de entendimento” (do “sim” para o “não”, do “é”, para o
“não é”, do “pode” para o “não pode”, etc) PARECE ser muito muito útil, mas, na
verdade, é uma “solução” que só gera problemas pois, entre outras possibilidades,
nos permite concluir, seguramente, que:
mesmo que inconscientemente, o importante para uma TJ
não é ser conhecedor “da verdade” (daquilo que a Bíblia realmente ensina sobre
cada tema bíblico), mas sim, conhecer, crer e ensinar a outros (como sendo verdades
bíblicas absolutas) aquilo que o Corpo Governante (CG) ensinar que são verdades
bíblicas, em cada momento considerado!
Isso revela que as TJ vivem uma necessária dicotomia: creem
e (principalmente) ensinam para outros, cada ponto de fé que defendem como
sendo “verdades absolutas”, como sendo “aquilo que a Bíblia realmente ensina”,
porém, sabem que podem passar a defender algo totalmente contrário ao que ensinavam
até hoje (como sendo “a verdade”, “aquilo que a Bíblia realmente ensina), já a
partir de amanhã – basta que a Sentinela assim determine!
Conclusão – A
doutrina das novas luzes tornam as TJ (não membros do CG) “potenciais mentirosas
sinceras” ou “potenciais mentirosas de boa-fé”, afinal, quando ensinam algo, em
especial no serviço de pregação ou nos estudos bíblicos domiciliares, o fazem
com plena convicção de que estão ensinando a verdade, aquilo que a Bíblia
realmente ensina. Elas não escondem daqueles a quem ensinam (pelo menos não em
uma atitude pensada e calculada a fim de enganar) que qualquer ponto ensinado pode
deixar de ser verdade a partir da próxima Sentinela que circular, mas, deixam
de fazer este alerta porque estão condicionadas a pensar que o CG só ensina
a verdade sobre a Bíblia, logo, aquilo
que já ensinou ou que vier a ensinar (por mais contraditório que tais ensinos
sejam entre si) têm a mesmíssima qualidade – são “a verdade”, “aquilo que a Bíblia
realmente ensina”!
- Minha comprovação Empírica – Eu, nunca, jamais ouvi (e não foram e nem são
poucas as oportunidades no qual isso poderia ocorrer) uma TJ, que defendeu para mim um determinado ponto de
fé, encerrar sua defesa afirmando algo como:
“isso que lhe ensinei como sendo a verdade, aquilo que
a Bíblia realmente ensina, pode ser, no todo ou em parte, modificado a qualquer
tempo e se assim ocorrer, devemos aderir incondicionalmente ao ensino modificado”.
- Sua comprovação Empírica – E você, TJ que está lendo este artigo? Conclui seus
ensinos falando coisas, ao menos, semelhantes às aspas acima? Se sua resposta
for “não” (e creio que será) a sua comprovação empírica, confirma e justifica a
minha!
- PREMISSAS – Ao ler o
restante deste artigo peço que as TJ tenham por certo, por verdades absolutas
(ainda que apenas durante a leitura e reflexão sobre este artigo) os seguintes
pontos:
1 – Você crê,
irrestritamente, naquilo que o CG ensina, como sendo “a verdade”, “aquilo que a
Bíblia realmente ensina.
2 – Se o CG passar
a ensinar algo muito diverso do que ensinava antes, a respeito de qualquer
ponto de sua fé, para você o CG ensinava e continua ensinando a “verdade” sobre
aquele ponto de fé (tanto antes quanto após a mudança de entendimento efetuada).
Partindo
destas duas premissas proponho o seguinte exemplo:
- Se, nesta data (18/3/2020), enumerarmos e somarmos
os pontos de fé nos quais você, TJ que está lendo este artigo, crê
(vou fixar aqui, aleatoriamente, que o resultado da soma foi de 300 pontos de
fé), é este “conjunto de verdades bíblicas” que você (e todas as demais TJ), não
apenas creem, mas ensinam a outros (com total sinceridade e absoluta convicção)
como sendo, cada um deles – a verdade, aquilo que a Bíblia realmente ensina!
- Se tal contabilidade fosse feita a 10 anos atrás e, ao
assim fazer, se concluísse que:
Também
eram 300 os pontos de fé das TJ, porém, 10 deles eram entendidos de forma completamente
oposta a de hoje (do “sim” para o “não”, do “pode” para o “não pode”, etc),
então, em 18/3/2010, cada um daqueles 300 pontos eram “a verdade, aquilo que a
Bíblia realmente ensina” e você (e todas as demais TJ), não apenas criam neles
mas os ensinavam a outros (com total sinceridade e absoluta convicção) –
como sendo verdades bíblicas (aquilo que a Bíblia realmente ensina).
- Se esta mesma contagem e enumeração for feita daqui
a 10 anos (18/3/2030) e se concluir que:
- As crenças das TJ continuaram totalizando 300 pontos
de fé, porém, que 10 de tais pontos (os
mesmos que mudaram radicalmente entre 18/3/10 e 18/3/20) voltaram a ser entendidos
como em 18/3/10 você, TJ que lê este artigo e todas as demais TJ irão crer (piamente)
e ensinar a outros (com toda a convicção) que cada um destes 300 pontos de fé
são – A VERDADE, AQUILO QUE A BÍBLIA REALMENTE ENSINA!
Encarando, ainda que temporariamente,
o exemplo acima como sendo uma verdade incontestável, proponho a seguinte:
DISCUSSÃO: O próprio CG
ensina que:
Não pode
haver duas verdades, quando uma não concorda com a outra. Ou uma ou a outra é
verdadeira, mas não ambas. Crer sinceramente em alguma coisa e praticá-la não a
torna certa, se realmente for errada.
Lv.
Poderá Viver – p. 32, parte final do §19
2Sem
conhecimento exato podemos ser enlaçados por ensinos falsos promovidos
pelo opositor de Deus, Satanás, o Diabo, que é “mentiroso e o pai da mentira”.
(João 8:44) Portanto, se certa doutrina contradiz a Palavra de Deus, se é uma
mentira, então, crer nela e ensiná-la desacredita a Jeová e nos coloca em
oposição a ele. Assim, temos de examinar cuidadosamente as Escrituras Sagradas
para saber distinguir entre a verdade e a falsidade. (Atos 17:11) Não
queremos ser como os que estão “sempre aprendendo, contudo, nunca podendo
chegar a um conhecimento exato da verdade”. — 2 Timóteo 3:1, 7.
Sentinela
1/6/88. p.15
-
Não obstante o condicionamento mental e toda a sinceridade que se possa ter a
verdade, como revela o próprio CG nas publicações acima, é uma só!
-
Não há duas verdades quando uma não concorda com a outra: ou se estará
ensinando a verdade ou a mentira (como se verdade fosse).
- Se o conhecimento sobre certo ponto de fé é progressivo
(e não exato, como se defende na Sentinela acima), a sinceridade e a
boa-fé não socorrem, se estará enlaçado por ensinos de Satanás, mesmo que a
fonte de tais ensinos seja o CG!
-
Quem acredita na doutrina da “iluminação progressiva”, por mais que não queira,
está sempre aprendendo mas nunca chegará ao conhecimento exato da verdade (não vejo como fugir desta lógica! Você vê?).
Como já destaquei em outro artigo deste Blog, muito
melhor seria se os membros do CG, ao invés de afirmar (mentiras) como esta:
5A
modéstia e a humildade mental lubrificam as engrenagens da comunicação.
(Pro. 11:2; Atos 20:19) As pessoas se sentiam atraídas a Jesus porque ele
era “de temperamento brando e humilde de coração”. (Mat. 11:29) Por outro lado,
uma atitude de superioridade afasta as pessoas. Assim, EMBORA ESTEJAMOS
TOTALMENTE CONVENCIDOS DE QUE TEMOS A VERDADE,
é sensato evitar falar de modo dogmático.
NMR
8/02/02, p. 8
lembrassem às TJ, a cada vez que mencionarem o tema, que aquilo no que creem é (NMR
11/1985, p. 3, §6º), na melhor das hipóteses, a:
... VERDADE ATUAL ...
e
que para tê-la é necessário:
... estudar diligentemente (...) o mais recente
alimento
espiritual
distribuído pelo “escravo” (...)
afinal,
quem deixa de estudar as publicações mais recentes do CG fica DESATUALIZADO NA
VERDADE, pois, esta não é realmente A VERDADE, é apenas a VERDADE ATUAL (e passageira).
Ausência de intenção de enganar e
boa-fé, porém, não apagam a realidade: se você ensina coisas que sabe que podem
mudar, mas as ensina como sendo verdades bíblicas absolutas, você está
mentindo, você está promovendo o engano e como tal você passa a trabalhar para
o inimigo e não para Jeová (creio que como eu, você também considerará que isso
é muito sério e que não pode continuar assim, ou pode)?
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Em especial, você, TJ que leu este artigo: Discorda
das premissas que indiquei? Mesmo concordando, chegou a outras conclusões? Se
sim, não deixa de indicar quais foram, escrevendo para meu e-mail e/ou deixando
um comentário. Se não, da mesma forma, escreva. Encontrou alguém erro de grafia
no texto? Indique-o para mim. Desde já, agradeço.
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