terça-feira, 21 de abril de 2020

MENTIRAS DO C. GOVERNANTE (2) - Não sou inspirado!(II)®

Quem nega que é não pode, de
 forma alguma, afirmar que é
Nesta 2ª parte continuo tratando de revelar mais esta mentira do Corpo Governante (CG) das Testemunhas de Jeová (TJ):
A afirmação de que não é inspirado
 (como eram os escritores bíblicos).
Como ressaltei na 1ª parte, o CG usa da estratégia de negar expressamente que seja inspirado, porém, isso é feito muito raramente mas, por outro lado (em outras palavras) reivindica a inspiração divina e exige que seus escritos sejam reverenciados como inspirados, sendo que tal estratégia cria uma realidade muito particular na mente das TJ, elas:
Embora saibam e confessem que o CG não é inspi-
 rado, aceitam todas suas afirmações como
 tendo a autoridade de inspiradas!
Em outras palavras: quando uma TJ afirma que o CG não é inspirado, isso se dá só “da boca para fora”, na prática, elas aceitam todos os escritos do CG como sendo ou, pelo menos, como tendo a mesma autoridade da Bíblia e é exatamente nisso que se revela a genialidade do CG! 
Consegue fazer que pessoas racionais e coerentes aceitem e vivam uma mentira quando se considera o que falam e o que vivem sobre este tema!
          No artigo anterior analisei a principal (e mais constante e contundente) afirmação de que o CG é inspirado, isso é, quando se reivindica o “escravo” mencionado no v. 45 de Mateus 24 (como defendi naquela primeira parte deste artigo, qualquer pessoa ou grupo de pessoas que entenda aquele verso como CG entende e se identifique como sendo o escravo estará afirmando, por mais que não queira),  uma entre duas possibilidades:
- é inspirado
ou que
- Jeová e Jesus são os responsáveis pelos erros que ensinam!
          Para que se tenha uma ideia, o aplicativo “Whatchetower Library” em português indica que os textos de Mateus 24:45 e Lucas 12:42 aparecem, ao todo, 2.031 vezes (1797+234, respectivamente) nas publicações e são poucas as Sentinelas que não citam algum deles ao menos uma vez. Fazendo “coro” em reivindicar inspiração divina, existem muitas outras citações que, em si mesmas, são até mais claras que Mt. 24:24 e Lc. 12:42 e é destas que vou me ocupar neste artigo.
Importante destacar que não existe nenhuma literatura que irei citar que afirma - “o CG é inspirado” -, contudo, não é necessário usar estas palavras para reivindicar a inspiração divina. É possível, e é isso que o CG faz, usar várias palavras alternativas para afirmar o mesmo, como faço no seguinte exemplo (em relação ao nº12):
- se constantemente me refiro ao nº “12”, porém, dizendo coisas como: “uma dúzia”, “10+2” ou “24÷2”, não poderei negar que faço constantes referências este nº, pelo simples fato de não usar a palavra “doze”!
É o que passo a demonstrar por intermédio dos seguintes tópicos:

A - JEOVÁ CONTINUA FALANDO EM NOSSO DIAS?:
A resposta é:
17 Hoje em dia, Jeová continua falando com a gente. (Leia Isaías 30:21.) É verdade que não ouvimos Jeová falar lá do céu. Mas para nos ensinar, ele colocou suas palavras por escrito nas páginas da Bíblia. Além disso, ele usa o “administrador fiel” para dar alimento espiritual aos seus servos. (Luc. 12:42) Recebemos muito, mas muito, alimento espiritual que podemos ler em formato impresso ou digital. Além disso, temos uma infinidade de publicações em áudio e vídeo que podem nos ajudar a ter uma fé mais forte. (S. 3/2019, p.13)
Sim! Jeová continua falando hoje e nesta citação são indicadas duas formas pelo qual Ele faz isto: - Por intermédio da Bíblia e
- por intermédio de seu “administrador” (Luc. 12:42), do seu “escravo fiel e discreto” (Mt. 24:45), sendo que por meio deste, Jeová fornece muito, mas muito alimento espiritual que pode ser lido em vários formatos.
Obs - A Enciclopédia Bíblia das TJ (Estudo Perspicaz das Escrituras) sob o verbete “inspiração”, contêm o seguinte trecho:
Controlados pela “mão de Jeová”. Os escritores da Bíblia, portanto, ficaram sob a “mão”, ou poder orientador e controlador, de Jeová. (2Rs 3:15, 16; Ez 3:14, 22) Assim como a “mão” de Jeová podia mover Seus servos a falar ou a ficar calados nos momentos prescritos (Ez 3:4, 26, 27; 33:22), assim também podia estimular a escrita ou agir como força restritiva; podia mover o escritor a tratar de certos assuntos ou restringi-lo de incluir outra matéria. O produto final, em cada caso, seria o que Jeová desejara. (vol. II, p.399).
Creio que todos os que creem em Jeová irão concordar que se Ele continua falando hoje, sua “mão” continua tendo a mesma eficácia em fazer com que o “produto final, em cada caso”, seja “o que Jeová” desejar, isso é, Jeová permanece tendo o poder de “...estimular a escrita ou agir como força restritiva” a fim de que não se afirme, em seu nome, o que não deve ser afirmado assim, Jeová, ao comunicar a grande quantidade de alimento espiritual ao CG para este, por sua vez, o transmita ao povo de Jeová, certamente move-o  “a tratar de certos assuntos ou restringi-lo de incluir outra matéria(seria absurdo pensar que Jeová perdeu esta capacidade).
          Uma outra Sentinela, confirmando a primeira citada, afirma que quando Jeová se comunica com os humanos, não obstante toda sua sabedoria, Ele o faz de forma que consigamos entendê-lo. Vejam abaixo:
2 (...) Assim, fica claro que, quando Jeová se comunica com os humanos, ele expressa seus pensamentos de forma simplificada, de modo que os humanos possam entendê-lo. (15/12/15,p.4)
O texto acima está fazendo referência a forma como Jeová responde as orações de seu povo mas, sem dúvida alguma, essa forma simplificada de comunicação também é usada com o CG, até porque, do que adiantaria Jeová se comunicar com o CG de forma incompreensível? Isso traria o risco da imensa quantidade de alimento espiritual que Jeová transmite ao CG ser mal compreendido e acabar sendo divulgado de forma incorreta.
Encerrando este primeiro tópico a resposta é “SIM”! Jeová continua falando pela Bíblia (um registro escrito já concluído) e pelo seu “administrador”, em volumosos registros escritos, que se acumulam mês a mês, desde 1879, quando foi publicada a primeira Sentinela!
B - TEM JEOVÁ UM - CANAL DE COMUNICAÇÃO?
          Pela resposta do tópico anterior, já fica claro que a resposta aqui é sim e se é sim, é porque continua havendo alguém no planeta terra hoje que é inspirado” e não é necessário que este alguém se diga inspirado, aliás, mesmo que negue a inspiração, se afirmar que:
I - é ou faz parte do “canal de comunicação de Jeová” e/ou
II – que é profeta de Jeová e/ou
III – que é porta-voz de Jeová;
estará, inexoravelmente, reclamando a inspiração divina, por mais que a negue!
Vejamos:
- I (canal de comunicação) - Um “canal de comunicação” de Jeová nada mais é do que uma “via de passagem” da comunicação que liga: todas as comunicações Jeová tiver para fazer hoje em dia (de um lado) e os destinatários, intermediários e finais (de outro).
          O Livro “Toda Escritura é Inspirada e Proveitosa” (se referindo à forma como a Bíblia foi escrita) nos traz um excelente exemplo dos elementos de um “canal de comunicação”, notem:
16 Alguns talvez se perguntem: Qual foi o meio de comunicação usado? Isto pode ser bem ilustrado por um exemplo moderno. As linhas de comunicação têm (1) o emissor ou originador da mensagem, (2) o transmissor, (3) o meio pelo qual a mensagem passa, (4) o receptor e (5) o ouvinte. Nas comunicações telefônicas temos (1) quem usa o telefone, originando a comunicação; (2) o transmissor telefônico, que converte a mensagem em impulsos elétricos; (3) as linhas telefônicas que conduzem os impulsos elétricos ao destino; (4) o receptor que reconverte a mensagem de impulsos em sons e (5) o ouvinte. Da mesma forma, no céu, (1) Jeová Deus origina os seus proferimentos; daí, (2) a sua Palavra ou Porta-voz oficial, agora conhecido como Jesus Cristo, em muitos casos, transmite a mensagem; (3) o espírito santo de Deus, que é a força ativa empregada qual condutor da comunicação, transmite-a em direção à terra; (4) o profeta de Deus na terra é o receptor da mensagem; e (5) ele, por sua vez, a divulga para o proveito do povo de Deus. (p. 9)
          O CG reivindica ser, com exclusividade, os itens 4 e 5 acima: é o Profeta, o receptor humano da mensagem (4) e o divulgador dela para o povo de Jeová (5).
A reivindicação de ser “profeta de Jeová”, como veremos, não e feita com “meias palavras”, não! O CG reclama ser tanto “profeta”, como “canal de comunicação” de forma direta, sem rodeios, e ainda invoca os fatos, a história, como prova da veracidade de tais reivindicações. Notem abaixo:
A Sentinela (em Inglês) de 15/5/1955, sob o título “Doze Requisitos para o Canal Cristão Hoje” inicia perguntando:
20Qual é o canal de comunicação cristão de Jeová hoje?
Na sequência passam a ser listadas os 12 requisitos (obviamente, todas contendo características que distinguem a religião das TJ de todas as demais religiões, sendo que na conclusão de cada um dos 12 requisitos o texto afirma que - somente as TJ apresentam tal requisito)! Dentre eles vou ressaltar apenas um (por revelar que tudo o que o CG ensina deve ser aceito pelas TJ):
24Em quarto lugar, a congregação de Cristo deve aceitar TODAS AS REVELAÇÕES progressivas da única religião verdadeira contida nas Escrituras Hebraicas canalizadas por todos os profetas da antiguidade até João Batista e nas Escrituras Gregas canalizadas por Cristo Jesus e seus discípulos. Somente o restante das testemunhas ungidas de Jeová e seus companheiros, as “outras ovelhas”, o fazem. - 2 Ped. 3:15, 16; Ap 22:18, 19; João 10:16.
Na sequência, sob o título “Mantenha-se próximo ao Canal” o escritor, conclui, impressionado:
As evidências, portanto, são impressionantes de que o remanescente cristão ungido entre as testemunhas de Jeová hoje compõe o canal coletivo de comunicação.
Temos mais:

2 Como se havia de divulgar esta vontade divina, trazendo-a à atenção das multidões dignas de homens de boa vontade para com Jeová? Novamente era o atento vigia mundial a classe do “escravo”, que precisava empreender outra campanha educativa mundial depois da sua restauração como testemunhas, depois de 1919. Tal trabalho global tem estado agora em progresso já por mais de quarenta anos e está chegando à sua culminação frutífera. OS FATOS MOSTRAM que durante este tempo, e até o momento atual, a classe do “escravo” TEM SERVIDO COMO CANAL COLETIVO EXCLUSIVO DE DEUS para a corrente da VERDADE BÍBLICA que se dirige aos homens na terra. Assim como a primitiva congregação cristã [que contava om os Apóstoos, inspirados por Jeova] serviu coletivamente como canal de comunicação do céu para a terra, assim também se dá em nosso tempo. (Efé. 3:10) Abundante alimento espiritual e notáveis pormenores quanto ao cumprimento da vontade de Deus têm sido transmitidos através deste canal exclusivo, o que é em realidade evidência miraculosa da operação do espírito santo. A situação atual da sociedade do Novo Mundo das testemunhas de Jeová, que ascende a quase um milhão de ministros em 175 países, dá eloqüente testemunho de que não se trata dum produto da sagacidade humana. Antes, é o produto do espírito santo operando teocràticamente através dum canal provado, influenciando as vidas de dedicados homens e mulheres em todas as rodas da vida. — Zac. 4:6.
S.15/1/61, p.55
Assim como nos dias de Jesus e dos apóstolos, para alguém receber o espírito santo era necessário que entrasse em contato com o canal de comunicação de, Deus, os seus representantes terrestres, assim também se dá hoje. OS FATOS MOSTRAM que este canal se acha com a sociedade do Novo Mundo das testemunhas de Jeová. — Atos 19:1-7.
S.15/7/72, p. 439
Percebam o que CG ensina às crianças TJ, no livro específico delas (Meu Livro de Histórias Bíblicas - ano de 1978 em português):
b) Visto que Jeová sempre usou um canal de comunicação ao lidar com seu povo, que canal ele usa hoje em dia? (2 Crô. 20:14, 15; Mat. 24:45-47; João 15:15)
História 67 – Perguntas Adicionais - letra b)
Existem outras citações que poderia incluir abaixo a fim de comprovar que o CG se identifica como “canal exclusivo de comunicação de Jeová”, mas as citações acima já são suficientes.

II/III- PROFETA/PORTA-VOZ:
9 Quem é o equivalente atual de Ezequiel, cuja mensagem e conduta correspondem às daquele antigo profeta de Jeová? De quem, na atualidade, era ele “sinal” ou “portento”? Não de algum homem individual, mas de um grupo de pessoas. Constituído de um grupo unido de pessoas, o hodierno Ezequiel é uma pessoa composta, constituída de muitos membros, do mesmo modo como o corpo humano. (...)
10 Assim se dá com o equivalente hodierno de Ezequiel: não é o corpo de uma só pessoa, mas é um corpo composto, constituído de muitos membros. Todos estes membros haviam de fazer juntos a vontade de Jeová, que é o Criador deste “Ezequiel” moderno. Então, quem é o grupo de pessoas, que, perto do início deste “tempo do fim”, FOI COMISSIONADO A SERVIR COMO PORTA-VOZ E AGENTE ATIVO DE JEOVÁ? A fim de determinar isso, verifique a história de 1919, o primeiro ano do após-guerra depois da Primeira Guerra Mundial.
Creio que nem preciso transcrever a quem o livro citado acima (As Nações Terão que Saber que eu sou Jeová p.54) irá identificar como sendo o equivale ao profeta bíblico Ezequiel, mesmo grupo que foi comissionado para servir como Porta-Voz e Agente Ativo de Jeová. Se houver dúvida, a próxima citação (de uma Sentinela) responde:
Ele tinha um “profeta” para dar a advertência. Este “profeta” não era um só homem, mas um grupo de homens e mulheres. Era o grupo pequeno dos seguidores das pisadas de Jesus Cristo, conhecidos naquele tempo como Estudantes Internacionais da Bíblia. Hoje são conhecidos como testemunhas cristãs de Jeová. (1/10/72, p. 581)
Obs – O uso de aspas ao se referir a “profeta” não pretende desqualificar o profeta, isto é, não se trata de uma referência pejorativa (um profeta – “entre aspas”). As aspas são usadas porque o Ezequiel bíblico era uma só pessoa e o hodierno (moderno, atual) seria um coletivo de pessoas (o CG), daí o uso de aspas no termo – profeta - no texto acima.
- Outro ponto que tenho que chamar a atenção é que a indicação de que este “profeta” são as TJ, nada mais é que uma “jogada de marketing” do CG para valorizar as TJ – na verdade o profeta é, exclusivamente o CG e não as TJ em geral (nenhuma TJ, fora do CG, age como “canal de comunicação” de Jeová, nem mesmo os chamados – ungidos)!
RESUMINDO: Até este ponto vimos que, de acordo diferentes publicações Deus continua falando hoje e para tanto ele conta com um: canal de comunicação (o CG), ou seja, um profeta (o CG), isto é, um porta-voz de Jeová (o CG)!
          Vimos também que, assim como fez no período em que a Bíblia estava sendo escrita, certamente, pode continuar Jeová usando hoje de sua “mão” como:
...poder orientador e controlador, ... (2Rs 3:15, 16; Ez 3:14, 22) Assim como a “mão” de Jeová podia mover Seus servos a falar ou a ficar calados nos momentos prescritos (Ez 3:4, 26, 27; 33:22), assim também podia estimular a escrita ou agir como força restritiva; podia mover o escritor a tratar de certos assuntos ou restringi-lo de incluir outra matéria. O produto final, em cada caso, seria o que Jeová desejara.
Embora a citação acima já deixe claro, é evidente que: o canal de comunicação, o profeta ou porta-voz de Jeová, não pode e, a bem da verdade, se quer conseguiria corromper a mensagem recebida de Jeová (v. Is. 55:10-11). Além disto, é necessário acrescer ainda, mais uma proibição, que uma Sentinela menciona ao fazer referência ao porta-voz de Jeová - Jesus Cristo:
...como PORTA-VOZ de Deus, não podia
 agir por iniciativa própria. (S.1/6/88,p .19§16)
Se nem Jesus, enquanto porta-voz de Deus, poderia agir por iniciativa própria, imagine se algum outro profeta de Jeová poderia fazê-lo!
Antes de concluir este artigo, além do que já constou acima e além do CG afirmar (muito constantemente) que Mt. 24:45 se aplica exclusivamente a ele, dou mais amostras da “enxurrada”
e reivindicações que o CG faz sobre ser inspirado.
Importante lembrar que as citações abaixo são porções de “alimento espiritual”, assim, a importância não está só no que elas afirmam,  é importante lembrar que Jeová, na data de cada publicação, entendeu que elas estavam no “tempo apropriado” (Mt. 24:45) de serem publicadas e é  sempre bom lembrar que não há “tempo apropriado” para divulgar mentiras e falsas profecias, ainda mais, no “canal de comunicação” por meio do qual o próprio Jeová fala!    
Em todas as citações que seguem a conclusão será a seguinte:
- ou o CG é inspirado ou
- ou “canal de comunicação de Jeová” mentiu!
Obs -Os trechos entre colchetes e destaques foram acrescidos.
Assim como Jeová revelou suas verdades por meio da congregação cristã do primeiro século [por intermédio dos inspirados Apóstolos], assim também ele o faz, atualmente, por meio da atual congregação cristã [por intermédio do inspirado CG]. Por meio desta agência [o CG], faz com que se cumpra o profetizar em escala INTENSIFICADA E SEM PARALELO. Toda esta atividade não é feita por acaso. JEOVÁ É QUEM ESTÁ POR TRÁS DELA. A abundância de alimento espiritual e dos surpreendentes pormenores dos propósitos de Jeová que têm sido revelados às testemunhas ungidas de Jeová, são evidência clara de que são as mencionadas por Jesus, quando ele predisse a classe do “escravo fiel e discreto” que seria usada para dispensar as revelações progressivas de Deus, nestes últimos dias. (S. 1/10/72, p. 749)
Comentário – Como ler a afirmação acima e não entender que o CG é inspirado? Repetindo:
Assim como Jeová revelou SUAS VERDADE por meio da congregação cristã ... assim também ele o faz, atualmente, o intermédio da congregação cristã”. Jeová, por intermédio do CG faz “o profetizar em escala intensificada em SEM PARALELO”, portanto, nem no tempo bíblico o “profetizar” foi tão intenso! Será que não obstante tudo isso devemos acreditar que o “canal de comunicação” pelo qual Jeová fala ensina erros?
O rolo foi sem dúvida entregue a Ezequiel pela mão de um dos querubins da visão. Isto indicaria que as testemunhas de Jeová fazem hoje a sua proclamação das boas novas do Reino sob direção e apoio angélicos. (Rev. 14:6, 7; Mat. 25:31, 32) E visto que nenhuma palavra ou obra de Jeová pode fracassar, por ele ser o Deus Todo-poderoso, as nações VERÃO O CUMPRIMENTO DAQUILO QUE ESTAS TESTEMUNHAS DIZEM SEGUNDO SÃO ORIENTADAS DESDE O CÉU. (S. 1/10/72, p. 584)
Comentário – Aquilo que o CG afirma, conforme é orientado desde o céu, é OBRA DE JEOVÁ e como tal, TUDO o que afirma se cumprirá e, ainda assim, o CG não é inspirado? Como? Não há duas verdades, quando uma não concorda com a outra, só uma delas é verdadeira. A mesma Sentinela ainda afirma:
   Sim, em breve terá que vir o tempo em que as nações terão de saber que houve realmente um “profeta” de Jeová no seu meio. Na realidade, mais de um milhão e meio de pessoas ajudam agora este “profeta” coletivo ou composto na sua obra de pregação, e bem mais do que aquele número estudam a Bíblia com o grupo do “profeta” e seus companheiros.
   De modo que Jeová fez toda provisão para que as pessoas o conhecessem e recebessem sua benevolência e a vida. Por isso, hoje não há desculpa para as pessoas da cristandade não conhecerem a Jeová. Além disso, Jeová não só está interessado na VINDICAÇÃO DE SEU PRÓPRIO NOME, MAS TAMBÉM NA VINDICAÇÃO DE SEU “PROFETA”.
Comentário – Então Deus não está preocupado só com a vindicação de seu nome, ele também está preocupado com a vindicação do “seu profeta” – o CG.
- Você sabe o que significa a palavra “vindicar”? É reclamar um direito, um direito que a lei garante, um direito que se fosse reclamado no judiciário seria objeto para uma “Mandado de Segurança”, isto é, uma ação que reclama um direito líquido, certo e exigível de imediato)!
Obs – Quem não for TJ, ao ler a citação da Sentinela acima, não “sentirá todo o peso” existente no fato de se afirmar que Deus está preocupado em vindicar seu nome com a mesma preocupação que está de vindicar seu “profeta” (coletivo). Já para as TJ, o nome de Deus foi, propositadamente, excluído pelas “igrejas da cristandade” da Bíblia e do uso no dia a dia e elas entendem que Deus tem direito sagrado de ser conhecido pelo seu nome e que foram as TJ que restabeleceram tal direito e que têm a missão de torná-lo conhecido, de vindicar, o uso do nome – Jeová – para se referir a Deus.
Quando se afirma que o próprio Jeová tem a preocupação de “vindicar” seu profeta e isso é posto em pé de igualdade com a vindicação do seu nome, isto tem um impacto imenso para as TJ, pois, assim como é um direito de Deus que as pessoas o chamem pelo nome – Jeová – é um direito do CG a ser reconhecido como profeta coletivo de Jeová e o próprio Deus vindica tal direito!
Vindicaria Jeová um profeta que ensina o erro e faz
 falsas previsões, em nome seu nome? (v. Dt.18: 20 a 22)

A única forma do CG não cometer erros, em nome de Jeová, é sendo inspirado por Ele (se for, Jeová estar preocupado em vindicar seu profeta se torna uma afirmação normal, porém, se tal profeta não for inspirado, tal afirmação é alucinada e alucinante!
Apenas Deus, por seu espírito santo, podia ter revelado isso àqueles primitivos estudantes da Bíblia com tanta antecedência. (S.1/1/74, p.18)
Obs - A afirmação acima se refere à profecia relacionada a 1914 (feita por CT Russell) que, na visão das TJ, foi um profecia “certeira” (tanto em termos de tempo de cumprimento como em termos do fato que ocorreria) e, por isto, não houve qualquer inibição em afirmar – FOI JEOVÁ, por intermédio de seus Espírito, QUEM REVELOU (portanto foi CT Russell um profeta inspirado por Jeová)!
Comentário – Ora! A Bíblia não contêm nenhum caso de “profeta intermitente de Jeová”, isso é, um profeta que foi comissionado por Jeová e por isso pronunciou profecia(s) determinada(s) por Ele, profecias que se cumpriu(ram) e que, após, fez outras profecias por iniciativa própria, mas, em nome de Jeová (profecias que não se cumpriram) e que Jeová, não obstante, voltou a comissioná-lo para fazer outra(s) profecia(s) realmente inspirada(s) – isso se quer seria impossível, de acordo com o já citado texto de Dt. 18:20-22.
Se não há qualquer inibição em indicar que a profecia para 1914 foi revelado por Jeová e se CG atual é a continuidade do grupo iniciado por C T Russell porque, então, agora se nega que o CG tenha revelações de Jeová? Não pode haver duas verdades quando...
          Haveria muito mais publicações a citar (ao pesquisar para escrever este artigo selecionei mais de 30 trechos de literatura com reivindicações claras de que o CG é inspirado mas vou deixar para usá-las em outros artigos deste Blog). Cito apenas mais uma:
Ela está em um livro que, durante vários anos, foi usado no estudo domiciliar com novos estudantes (é bem provável que algumas das TJ que lerem este artigo tenham se tornado TJ após estudar este livro).
Sob o título “Direção Teocrática Hoje” (Teocracia significa “governo de Deus”, então, este título quer indicar é - como Deus governa hoje) o livro afirma:
13 A organização visível de Deus hoje também recebe orientação e direção teocráticas. Na sede das Testemunhas de Jeová em Brooklyn, Nova Iorque, existe um corpo governante de anciãos cristãos de várias partes da terra que dão a necessária supervisão às atividades mundiais do povo de Deus. Este corpo governante é composto de membros do “escravo fiel e discreto”. Serve qual porta-voz do “escravo” fiel.
14 Os homens desse corpo governante, como os apóstolos e anciãos em Jerusalém, têm muitos anos de experiência no serviço de Deus. MAS NÃO CONFIAM NA SABEDORIA HUMANA AO FAZEREM DECISÕES. Não, sendo governados teocraticamente, seguem o exemplo do primitivo corpo governante em Jerusalém cujas decisões baseavam-se na Palavra de Deus e eram feitas sob a direção do espírito santo. — Atos 15:13-17, 28, 29. (p. 195)
Comentário - O CG (“porta-voz” do “escravo”), no texto acima faz os seguintes paralelos entre o CG da era Apostólica e o CG das TJ:
- Ambos eram compostos por homens (no sentido de serem - humanos).
- Ambos contavam, portanto, com sabedoria humana.
- Ambos tinham homens com muita experiência.
- Nenhum deles confiava na sabedoria humana (embora as possuíssem) ao tomarem decisões.
- Ambos tomavam decisões baseados na Escrituras.
- AMBOS tomam decisões sob a direção do Espírito Santo.
Após fornecer estas informações, o CG pretende que a conclusão seja:  
 - mas apenas o CG Apostólico era inspirado!??
 Que tipo de “lavagem cerebral” é esta que leva pessoas coerentes e racionais a chegarem (ou a aceitarem) à conclusão acima, é o que me pergunto!

CONCLUSÃO: Peço perdão pela longa conclusão que segue e por usar nela recursos (a começar pelas 8 perguntas numeradas que seguem) dignos de um colégio infantil (no qual estão sendo ensinadas as primeiras noções de lógica).
 A intenção ao assim fazer não visa humilhar o leitor TJ, mas sim, visa levá-lo a perceber que o óbvio pode dizer muito mais que a resposta óbvia!
Acompanhe:
1 - Quem fala por intermédio do “canal de comunicação” de Jeová?
2 - Quem comunica suas profecias (em escala intensificada e sem paralelo superando, portanto, até  mesmo o período em que atuaram: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, Oseias, Joel, Amos, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Abacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias e Jesus) ao atual “profeta” (coletivo)  de Jeová?
3 - A voz “portada” pelo “profeta de Jeová” (voz que também pode ser chamada de “alimento no tempo apropriado”) é de quem?
Responda-as sem medo - JEOVÁ!
– A resposta “Jeová”, que responde às 3 primeiras questões, se refere ao mesmo Deus sobre o qual podemos dizer:
4 - É o Deus cuja palavra (que deve permanecer absolutamente inalterada após ter sido transmita por seu porta-voz) é a Verdade (Jo 17:17)?
5 - É o Deus que não pode mentir (Tito 1:2)?
6 - É o Deus Verdadeiro que não se torna mentiroso em razão do homem, mas sim, o Deus diante do qual todo homem é mentiroso? (Rm.3:4)?
7 - As palavras que saem de sua boca (as mesmas que são tornadas conhecidas por meio de seu porta-voz) sempre cumprem o objetivo (Is. 55:10-11)?
8 - É o Deus sobre o qual se pode afirmar que nem mesmo a sombra, muda? (Tg. 1:17)
Responda-as sem medo - SIM!
Então tem algo de muito, mais muito errado mesmo (com Jeová ou com seu “Profeta” coletivo), pois, note que palavras estranhas:
- Jeová JÁ DISSE por meio de seu “canal de comunicação”,
- o profeta atual de Jeová (que, assim como Jesus, não pode agir por iniciativa própria) já afirmou – EM NOME DE JEOVÁ e
- o “portador da voz de Jeová” já pronunciou (as palavras azuis entre os colchetes e os destaques foram acrescidos)
As Testemunhas de Jeová, [por favor – o CG – as TJ só repetiram o que ouviram pelo fato de que  encaram todas as afirmações do CG como sendo a verdade, aquilo que a bíblia realmente ensina, afinal, quem ensinou foi Jeová, por intermédio de seu “canal de comunicação”] devido ao seu anseio pela segunda vinda de Jesus, sugeriram [por favor – sugerirão, não – afirmaram como porta-vozes de Jeová] datas que se mostraram incorretas. Por isso, há quem as chame de falsos profetas. No entanto, NUNCA NESSES CASOS presumiram que suas PREDIÇÕES [de qualquer forma, está sendo admitido aqui as datas “sugeridas” foram PREDIÇÕES do CG e conforme o dicionário “predição” é: ato ou efeito de predizer, de afirmar o que vai acontecer no futuro; profecia, previsão, vaticínio.] eram feitas ‘no nome de Jeová’. Nunca disseram: ‘Estas são as palavras de Jeová.’  (Desp.
Para tudo!
Vamos relembrar: A Sentinela afirma (enquanto meio divulgador do “porta-voz” de Jeová) o seguinte sobre si mesma:
Esta classe tem usado a Sociedade Torre de Vigia como seu instrumento legal desde 1884 e a sua principal publicação para divulgar A VERDADE BÍBLICA desde 1879 é A SENTINELA.
A Revista Despertai vai no mesmo sentido:
32 A fim de ajudar os moradores interessados A CONHECEREM AS VERDADES BÍBLICAS, oferecem-se-lhes, à base duma pequena contribuição, sermões impressos em forma de livros, que ajudam no estudo da Bíblia, AS REVISTAS A SENTINELA E DESPERTAI! (S.15/1/58, p.48)
As datas “sugeridas” ou as “predições” foram divulgadas por meio da Revista a Sentinela, logo, tratam-se de VERDADES BÍBLICAS (ou devemos, dentre todos o demais ensinos que foram publicados na mesma Sentinela que traz uma profecia, excluir apenas a profecia como sendo – mera sugestão - e tomar o restante como sendo ensinos do “canal de comunicação que Deus usa)?
O texto de Dt. 18:20 a 22, que a Despertai citada afirma não se aplicar ao CG, é bem claro:
20‘No entanto, o profeta que PRESUMIR DE FALAR EM MEU NOME alguma palavra que não lhe mandei falar (...), tal profeta terá de morrer. 21 E caso digas no teu coração: “Como saberemos qual a palavra que Jeová não falou?” 22 quando o profeta FALAR EM NOME DE JEOVÁ e a palavra não suceder nem se cumprir, esta é a palavra que Jeová não falou. O profeta proferiu-a presunçosamente. Não deves ficar amedrontado por causa dele.’ (TNM)

Agora proponho o seguinte exercício: Admita como fato (ainda que por apenas por um momento) a seguinte ocorrência: Você, TJ que está lendo este artigo, por iniciativa própria, em 1999, divulgou que o Armagedon ocorreria em 1/1/2000, sendo que você se auto afirma: – “profeta de Jeová, “canal de comunicação de Jeová” e “porta-voz” de Jeová e isso porque você está realmente convencido (com toda a sinceridade) que Jeová fala através de você.
 O ano 2000 chegou, passou e o Armagedon não ocorreu. Você seria um falso profeta, nos exatos termos dos versos bíblicos acima transcritos, não haveria dúvida disso (sua sinceridade não lhe socorreria)!
Agora imagine que você tivesse que bolar uma forma de negar o título de falso profeta, o que poderia dizer?
Note se isto seria uma solução: o verso 20 e 22 deixam claro que só é falso profeta aquele que: FALA OU PRESUME FALAR em nome de Jeová, logo,
 se um ateu afirmou, antes de ontem, que: “o mundo acabará amanhã” ele
não será um falso profeta afinal, para ele, Jeová se quer existe!
- Então, seria uma solução lógica você afirmar que:
quando fez sua profecia, não estava falando em
 nome de Jeová, logo não pode ser um falso profeta, confere?
Foi, exatamente esta a “experta” mensagem emitida pelo “canal de comunicação” no qual “Jeová fala”, foi isso o que o “porta-voz” o “profeta de Deus” disse! Em outras palavras:
QUANDO FIZ PREDIÇÕES QUE NÃO SE CUMPRI-RAM, EU NÃO ESTAVA FALANDO EM NOME DE JEOVÁ JÁ, A PREDIÇÃO QUE EU FIZ E SE CUMPRIU (COMO TERIA OCORRIDO EM  RELAÇÃO A 1914), ESTA FOI JEOVÁ QUEM ME REVELOU – LOGO FALEI COM PROFETA DE JEOVÁ)!
Você, TJ que está lendo este texto, consegue admitir (pois os fatos acima não podem ser logicamente negados) que o CG é um profeta aprovado por Jeová que contém uma:
- chave liga/desliga (retroativa),
isto é:
- são dados muitos ensinos (mensal ou quinzenalmente) por intermédio da Revista Sentinela para o povo de Jeová, sendo todos eles têm que ser aceitos como “a verdade”, aquilo que a Bíblia ensina realmente ensina, até porque, tais ensinos vêm do “porta-voz” de Jeová.
2º - Em certos momentos da história TJ, dentre os demais ensinos que trazem, certas Sentinelas trouxeram, também, profecias (datas marcadas para a ocorrência de eventos bíblicos futuros) sem qualquer observação do tipo: “é facultativo acreditar na profecia que esta revista traz e é obrigatório acreditar no resto” ou “você pode discordar da profecia mas não do restante do que ensinamos” etc, portanto, elas também foram encaradas como todos os demais ensinos do CG (nova luz enviada por Jeová por intermédio de seu profeta, do seu “canal de comunicação”).  
- em relação as profecias feitas o CG aguarda para ver se irá se cumprir ou não (como as profecias têm data é só uma questão de tempo).
- se as datas marcadas chegarem e não se cumprirem as profecias feitas, apenas em relação a elas, desliga-se (retroativamente) a chave da “função profeta” (se nega que naqueles ensinos proféticos foram, apenas eles, ditos em nome de Jeová - e fica tudo resolvido), mas
- se a profecia se cumprir, mantém-se ligada a chave na “função profeta” e se faz propaganda afirmando que foi Jeová quem revelou a profecia e que, portanto, se falou como profeta de Jeová)!
E o pior de tudo – Tal forma experta de fugir da evidência clara de que se é um falso profeta, também tem que ser encarada como “alimento no tempo apropriadoprovido por Jesus (Lc. 12:42) – Meu Deus!!!
Um resumo final, apenas com algumas poucas verdades, que a mais pura lógica obriga qualquer pessoa racional a chegar com base nos fatos apresentados:
- O CG não é, nem nunca foi:
*profeta inspirado de Jeová (isso ou se é ou não é, não há chave – liga/desliga retroativa)  
*nunca serviu de “canal de comunicação de Deus” e
*muito menos de “porta-voz” de Jeová (a não ser que se considere que Jeová é Deus de muita confusão - ICo. 14:33), afinal ele usa da Sentinela para ensinar mentiras ou verdades misturadas com mentiras (que são as piores mentiras de todas – as meias verdades)!
- O CG, na verdade, se contenta com que seus escritos sejam reverenciados com inspirados pelas TJ (pois isso lhe dá o controle mental delas).
- A religião capitaneada pelo CG não é a religião verdadeira, pois, nenhuma religião verdadeira pode ter um falso profeta a governando.
Por fim, repito trecho de literatura do CG (apenas adaptando os verbos para o presente) para o leitor se pergunte:
- Porque Jeová, em relação ao CG (e especial em relação às profecias e a tantos ensinos que já mudaram ao longo do tempo) não tem mais o poder de fazer o que se lê abaixo?
Controlados pela “mão de Jeová”. (...) Jeová pode mover Seus servos a falar ou a ficar calados nos momentos prescritos (Ez 3:4, 26, 27; 33:22), assim também pode estimular a escrita ou agir como força restritiva; pode mover o escritor a tratar de certos assuntos ou restringi-lo de incluir outra matéria. O produto final, em cada caso, seria o que Jeová desejara. (Perspicaz - vol. II, p.399).
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Quer responder a última pergunta acima? Você encontra alguma forma racional de negar isso tudo e biblicamente continuar defendendo que o CG é o profeta de Deus, o “canal de comunicação” pelo qual Jeová fala e o “porta-voz” de Jeová? Eu imploro, me diga como isso é possível! Concorda apenas em parte? Diga a razão. Concorda totalmente e quer agregar outros argumentos? Vá em frente. Encontrou erros em nossa língua “mater” que exigem correção, me diga onde estão. Desde já agradeço. 


domingo, 19 de abril de 2020

MENTIRAS DO C. GOVERNANTE (2) - Não sou inspirado!(I)®

Análise de Mt. 24:45-47 e
Lucas 12:42-44
Neste artigo trato de revelar mais uma mentira do Corpo Governante (CG) das Testemunhas de Jeová (TJ): A afirmação de que não é inspirado (como eram os escritores bíblicos).
Quanto a isto, minhas observações permitem identificar três realidades, quais sejam:
- Realidade Histórica: Quem conhece o histórico de mudanças de entendimento que o CG teve e continua tendo ao longo dos (mais de 100) anos de existência, sabe que o CG não é inspirado (isto é um fato).
- Realidade Teórica: Já no plano do teórico, a partir das reivindicações que faz, a partir da posição que diz ocupar e dos textos bíblicos que afirma, se aplicam única e exclusivamente a ele, a única conclusão possível é:
o CG é INSPIRADO
(não há uma 3ª possibilidade lógica)
mas, não obstante, há uma 3ª realidade que a observação (por mais ilógico que isto possa parecer) revela (e isto também é um fato) a:
- Realidade entre as TJ: Entre elas algo incrível ocorre:
Embora saibam e confessem que o CG não é inspi-
 rado, aceitam todas suas afirmações como
 tendo a autoridade de inspiradas!
Em outras palavras: quando uma TJ afirma que o CG não é inspirado, isso se dá só “da boca para fora”, na prática, elas aceitam todos os escritos do CG como sendo inspirados ou, pelo menos, como tendo a mesma autoridade da Bíblia e é exatamente nisso que se revela a genialidade do CG! Consegue fazer que pessoas racionais e coerentes aceitem e vivam uma mentira quando se considera o que  falam e o que vivem sobre este tema!
          Entre as duas realidades (fática e teórica) aquela que o CG escolheu para endossar EXPRESSAMENTE (o que faz raramente) foi a Realidade Fática, isto é, afirma que:
NÃO É INSPIRADO.
           Por outro lado, a fim de criar e manter a autoridade sobre as TJ o CG tem uma “enxurrada” de publicações (fazendo parte destas, todas as inúmeras vezes que Mt. 24:45 é citado)  nas quais, em outra palavras, mas de forma claríssima, afirma ser absolutamente inspirado!
          O que nos interessará “trabalhar” neste o no próximo artigo serão as Realidades Teórica e Fática apontadas no início, pois, tal analise irá revelar mais esta útil mentira usada pelo CG:
– faz afirmações que, claramente, indicam que tem  INSPIRAÇÃO DIVINA, porém, nas poucas vezes que se manifesta expressamente sobre o tema – nega que seja inspirado!
Um  bom indicativo de que o CG não faz questão de ficar repetindo, o tempo todo, que não é inspirado está em uma Revista Despertai de 1993, revista que faz um apanhado das citações anteriores (em mais de 100 anos de publicações) no qual se negou a inspiração. Veja abaixo:

As Testemunhas de Jeová, devido ao seu anseio pela segunda vinda de Jesus, sugeriram datas que se mostraram incorretas. Por isso, há quem as chame de falsos profetas. No entanto, nunca nesses casos presumiram que suas predições eram feitas ‘no nome de Jeová’. Nunca disseram: ‘Estas são as palavras de Jeová.’
Obs - Como comentei em outro artigo deste Blog (Dialogando - Não São Falsos Profetas? I ®), no qual também trato desta mesma Despertai (artigo pelo qual iniciei a resposta a um[a] leitor[a] que me escreveu e enviou um texto que defende que o CG não é falso profeta), é muito sintomático o uso da expressão “nunca nesses casos” que se vê em destaque acima!
Tal expressão indica que o CG só não fala “em nome de Jeová” quando faz alguma profecia que vem a  falhar mas, quando apregoa coisa diversa de profecia ou quando a profecia feita – alegadamente - se cumpriu (como teria ocorrido com a profecia feita para o ano de 1914) aí não há qualquer receio de afirmar que Jeová fala por intermédio do CG!
Como afirmei naquele artigo, assim fica fácil se dizer verdadeiro profeta de Jeová, afinal: se “der ruim” naquilo que afirmou este alegará que aquelas não foram palavras de Jeová mas, se “der bom” no que disser aí irá defender que Jeová fala por intermédio dele (em outras palavras: se der “cara” o CG ganha e se der “coroa” o CG vence)!
Continuando a citação da Despertai:
 The Watchtower (A Sentinela), publicação oficial das Testemunhas de Jeová, já disse: “Não temos o dom da profecia.” (Janeiro de 1883, página 425) “Nem desejamos que os nossos escritos sejam reverenciados ou considerados infalíveis.” (15 de dezembro de 1896, página 306) A Sentinela disse também que terem alguns o espírito de Jeová “não significa que os que servem agora como testemunhas de Jeová são inspirados. Não significa que os escritos nesta revista A Sentinela são inspirados e infalíveis e sem erros”. (Setembro de 1947, página 135) “A Sentinela não se diz inspirada em suas pronunciações nem é dogmática.” (15 de agosto de 1950, página 263) “Os irmãos que preparam essas publicações não são infalíveis. Seus escritos não são inspirados assim como eram os de Paulo e dos outros escritores bíblicos. (2 Tim. 3:16) E assim, às vezes, tornou-se necessário corrigir conceitos, conforme o entendimento se tornou mais claro. (Pro. 4:18)” — 15 de agosto de 1981, página 19.
22/3/93 p.4
A Despertai citada fez um apanhado de citações que negam a inspiração, iniciando em 1883 e até 1993 listou apenas 5 exemplos de publicações nas quais se afirmou, expressamente, que suas palavras não são inspiradas.
Podem existir outras publicações nas quais se nega a inspiração (eu, após 1993, só conheço mais uma) e mesmo que ainda existiam mais algumas, quando as comparamos com o número de publicações que reclamam, claramente, a inspiração divina, vemos que a negativa é raríssima enquanto afirmativa é por demais abundante (como irei comprovar na segunda parte deste artigo).
- REALIDADE TEÓRICA: Quem faz as alegações e reivindicações que o CG faz, na verdade, não se pode dar ao luxo de negar que seja inspirado, a não ser que seja para mentir com muita gana de determinação e como é exatamente assim o que o CG faz, para quem não é TJ e, portanto, não tem o CG por dono da própria fé:
A MENTIRA “SALTA, VIOLEN-,
 TAMENTE, AOS OHOS”!
Neste primeiro artigo vou citar a mais forte e constante reivindicação de inspiração divina que o CG faz  e dificilmente uma Sentinela, Despertai ou qualquer outra publicação do CG não conterá, pelo menos uma vez, a citação de – Mt. 24:45 -  e todas as vezes que aparece esta citação o CG está reivindicando ser ABSOLUTAMENTE inspirado (talvez muitas TJ não tenham se dado conta disto ainda, mas, aquelas que lerem a integra deste artigo, não poderão mais negar esta realidade - e se ainda tiverem como negá-la, espero que me escrevam explicando como)!
Inicio analisando o contexto a fim de comprovar, “logo de cara” que a interpretação do CG, que toma a passagem por profecia e não por aquilo que ela é – uma parábola – já constituiu um 1º absurdo.
CONTEXTO - Entre Mat. 24:1 a 36 Jesus prediz os sinais de sua vinda e alerta, no v. 36, que sobre o dia e hora em que virá, somente Jeová sabe, logo, sendo um fato de suma importância, seria necessário viver atento, aguardando o retorno de Jesus, em resumo, era necessário – estar vigilante.
O verso 37 deixa isto muito claro ao comparar seu retorno à chegada do dilúvio: pelo fato da imensa maioria ter descuidado daquele trágico evento, para o qual foram alertados por Noé, acabaram sendo “varridos” pelo dilúvio (v.39) e com base na analogia feita Jesus alerta (v.42) “mantenham-se vigilantes”. A partir do verso 43 Jesus passa a contar algumas parábolas que visam, todas elas, demonstrar os riscos de não estar vigilante:
-v. 43-44: Se o proprietário do imóvel souber quando se dará um assalto em sua residência se prepararia para este momento, mas como não sabe quando será precisa estar (como afirma o v. 44)  vigilante pois o assalto se dará em dia e hora desconhecida.
- v. 45 – 51: nestes temos a parábola do “escravo fiel” e do “escravo mal”, no qual o tema permanece o mesmo (necessidade de vigilância), como deixa claro o v. 46 (em relação ao escravo fiel) – que só se tornaria feliz se na desconhecida data do retorno do amo fosse encontrado fazendo aquilo que o amo mandou fazer e no v. 50 (em relação ao “escravo mau”) quando afirma que o amo “virá num dia que não espera e numa hora que não sabe e o punirá”.
Continuando a ilustrar situações que requererem vigilância, há nova parábola no capítulo 25:
- Mat. 25:1 a 13 – Jesus conta a parábola das 10 virgens e revela que aquelas que não se prepararam adequadamente ficaram de fora. Concluindo Jesus, no verso 13 afirma: “estejam vigilantes pois desconhecem tanto o dia quanto a hora”. E não para por aí!
- Mat. 25: 14 a 28 – Jesus conta a famosa parábola dos “talentos”, no qual o senhor dos escravos, antes de viajar, distribui entre eles seus “talentos” (segundo pesquisei e está o próprio texto os “talentos” eram medidas  de peso em prata - 5 talentos correspondiam a 150 quilos de prata) e, embora o texto não afirme, certamente, o senhor dos escravos afirmou que eles deveriam investir as quantias recebidas a fim de fazê-las multiplicar pois acertaria as contas com cada um quando retornasse). Não sabiam os escravos quando retornaria o senhor mas sabiam que teriam que prestar contas quando esse voltasse, portanto, deveriam estar – vigilantes.
Como se vê, Mat. 24:45 faz parte de uma série de parábolas que incentivam estar vigilante para a volta de Jesus. 
Mas o CG resolveu fazer algo fantástico: “pinçou” (parte) da parábola que se encontra nos versos 45 a 47, a transformou-a (somente ela) em uma profecia (contrariando todas as regras de hermenêutica que existem) e a aplicou a si mesmo, o que deixa claro que o importante para as TJ não é aquilo que a Bíblia afirma mas sim aquilo que o CG afirma que a Bíblia afirma!
No referido texto (na Trd. do Novo Mundo com Referências) lemos:
“Quem é realmente o escravo fiel e discreto a quem o seu amo designou sobre os seus domésticos, para dar-lhes o seu alimento no tempo apropriado? Feliz aquele escravo, se o seu amo, ao chegar, o achar fazendo assim! Deveras, eu vos digo: Ele o designará sobre todos os seus bens.
Segundo tal “profecia” uma classe de pessoas (cujo coletivo recebe o nome de “escravo fiel e discreto”), classe iniciada com os Apóstolos identificados na Bíblia e... (aqui há duas possibilidades que a literatura do CG permite concluir): tal classe teria...
1 - ... passado por uma sucessão ao longo dos séculos (conforme os Apóstolos foram morrendo, outras pessoas foram tomando os respectivos lugares, mantendo a classe do “escravo fiel e prudente” sempre viva) ou teria...
2 - ... desaparecido completamente (com a morte do último dos apóstolos, ainda no 1º século) e só teria ressurgido em 1870, quando surgiram os chamados “Estudantes da Bíblia”, movimento iniciado por Charles Taze Russell e que originou as atuais TJ.
O que é “certo” nesta interpretação da passagem de Mateus é que Jesus, quando retornou em 1914(!?), procurou entre todas as religiões da terra (dentre aqueles grupos que se diziam cristãos) seu “escravo” e foi rejeitando um a um até que encontrou e avaliou os “Estudantes da Bíblia”, reconheceu neles seu “escravo” correspondente ao da era apostólica, os manteve sob observação até 1919, para ver se estavam fazendo o que havia ordenado  (distribuir seu alimento no tempo apropriado) e com a confirmação, elegeu tal escravo sobre todos os seus bens!
Pois bem! Esta é a interpretação que o CG (em um outro artigo deste Blog vou apresentar passagens de literatura do CG que revelam que é exatamente assim que eles entendem que ocorreu entre 1014 e 1919)!
É muito óbvio que tal interpretação (que, repito, pinça uma parábola que está em meio a outras parábolas que tratam do mesmo tema e a transforma, apenas a ela, em profecia e se auto aplica) esta absolutamente incorreta, porém, quando admitimos tal interpretação por verdadeira (apenas para efeito de análise) e notamos suas implicações é que vemos que qualquer grupo religioso que interpretar o texto de Mt. 24:45-47 da forma como faz o CG e auto aplica-lo. estará:
REIVINDICANDO
 SER INSPIRADO     
Neste 1º artigo a ideia será investigar a fundo esta passagem de Mateus (e seu correspondente em Lucas) fim de comprovar que não pode o CG reivindicar ser o “escravo” mencionado no texto e, ao mesmo tempo, se dizer não inspirado.
Neste sentido nada melhor que iniciar por observar tais textos bíblicos no original grego e para tanto busquei ajuda de um irmão na fé (Ricardo X.Vidal),  que tem excelente conhecimento de grego bíblico, e pedi para que analisasse o texto de Mt. 24:45 (bem como o de Lc. 12:42 que traz a mesma parábola) a fim de determinar:
- A quem o texto, em si, indica pertencer o alimento (espiritual) que o “escravo” distribui (ao próprio escravo ou a Jesus).
É este o ponto chave que define a questão, pois, admitindo a interpretação do CG por correta, temos que:
 se o alimento ali referido pertence ao próprio “escravo”, então,
o CG não é inspirado, porém, se a propriedade do
alimento que distribui for de Jesus, o CG só pode
 pode ser - INSPIRADO – a não que
se admita que alimento fornecido
pelo próprio Jesus possa ser,
 em alguma medida,
imperfeito!
 - E aquilo que define a questão (de forma expressa ou ao menos implícita) se concentra na existência ou não do pronome possessivo “seu” (em Mateus) ou “sua” (em Lucas) identificando a propriedade do alimento a ser distribuído. Se tais textos contêm ou, ao menos, devem ser lidos com tais pronomes, então o CG é sim Inspirado. 
Obs- Em um outro artigo mais antigo deste Blog (O “Atravessador” Exclusivo de Alimento Espiritual e a “Rescisão DoContrato de Fornecimento”®), baseado naquilo que li na TNM com Referências, defendi que a propriedade do alimento distribuído pelo “escravo” é de Jesus, assim, a análise aqui também ajuda a confirmar o que afirmei naquele artigo.
Para que se entenda bem a ligação entre a existência (ainda que implícita) ou à inexistência (absoluta) do pronome possessivo “seu” ou “sua”, relacionado ao alimento a ser distribuído, vou reproduzir abaixo os versos de Mateus e de Lucas na TNM com Referências (que é de 1986 e que serviu de base para a escrita do artigo acima indicado) e na TNM editada em 2015 (que só vim a ler recentemente e que retira, exatamente, o pronome possessivo "seu" relacionado ao "alimento" – apenas no texto de Mateus):
Mateus 24 – TMN de 1986 e 2015, respectivamente:
45Quem é realmente o escravo fiel e discreto a quem o seu amo designou sobre os seus domésticos, para dar-lhes o seu alimento no tempo apropriado? 46 Feliz aquele escravo, se o seu amo, ao chegar, o achar fazendo assim! 47Deveras, eu vos digo: Ele o designará sobre todos os seus bens.
45Quem é realmente o escravo fiel e prudente, a quem o seu senhor encarregou dos seus domésticos, para lhes dar o alimento no tempo apropriado? 46Feliz aquele escravo se o seu senhor, quando vier, o encontrar fazendo isso! 47Digo a verdade a vocês: Ele o encarregará de todos os seus bens.
Lucas 12 – TMN de 1986 e 2015, respectivamente:
42E o Senhor disse: “Quem é realmente o administrador fiel, o prudente, a quem o seu senhor encarregará do grupo de assistentes para sempre dar a eles a sua medida de mantimentos no tempo apropriado? 43Feliz aquele escravo se o seu senhor, quando vier, o encontrar fazendo isso! 44Eu vos digo verazmente: Ele o designará sobre todos os seus bens.”
42E o Senhor disse: “Quem é realmente o administrador fiel, o prudente, a quem o seu senhor encarregará do grupo de assistentes para sempre dar a eles a sua medida de mantimentos no tempo apropriado? 43Feliz aquele escravo se o seu senhor, quando vier, o encontrar fazendo isso! 44 Digo a verdade a vocês: Ele o encarregará de todos os seus bens.
Como se vê, a leitura dos versos 45 (em Mateus) e 42 (em Lucas) indica que: se o pronome possessivo estiver presente (explicita ou implicitamente) nos versos, a propriedade do alimento distribuído é de Jesus, porém, se for omitido o pronome (o que ocorre semente no texto de Mateus, na tradução de 2015) o texto deixa de indicar (expressamente) a quem pertence o alimento distribuído (e neste caso poderá pertencer a Jesus ou ao “escravo”).
Sendo assim, passo a analisar a questão a partir da gramática grega e depois de acordo com o contexto no qual os versos estão inseridos.
Em ambas as análises a conclusão é a mesma – o alimento pertence a Jesus, logo, o CG (se verdadeira sua interpretação e reivindicação sobre o texto) tem que ser inspirado como eram os escritores bíblicos, não há outra opção (a não ser que, insisto, admitamos que Jesus alimenta seus “domésticos”, via CG, com alimento espiritual que pode ser, aleatoriamente: verdadeiro, falso ou semifalso, mas que, não obstante, deverá ser defendido pelas TJ como a verdade - como aquilo que a Bíblia realmente ensina!
MATEUS 24:45 e LUCAS 12:42 NO ORIGINAL GREGO:
Analisadas as passagens no grego, me foi informado que: dentre as palavras presentes nos versos analisados, não consta, expressamente, a palavra grega que, uma vez traduzida, resulta nos pronomes “seu” ou “sua” relacionados ao alimento, porém, que tal pronome está implicitamente presente no texto, logo, deve ser incluído na tradução.
- Esta informação fica muito clara quando analisamos tais passagens na Tradução Interlinear das Escrituras Gregas (em Inglês), publicada pelo CG.
Tal publicação contêm o texto grego e duas traduções dele para o inglês: uma feita abaixo de cada palavra grega (razão da tradução se chamar “interlinear”) e outra na margem direta do texto, traduções que divergem entre si (a tradução abaixo de cada palavra não é, simplesmente, repetida na margem, há diferenças). Isso pode ser visto nas imagens abaixo, na qual se nota que tanto no texto de Mateus como no de Lucas, na tradução “entre linhas” não aparece (entre outras) a palavra “their” (“seu[s]” ou “sua[s]”  em português - relacionada ao alimento que deve ser distribuído pelo escravo), mas aparecem na tradução que está na margem direita. Veja abaixo:

O fato da tradução interlinear não conter o pronome possessivo (entre outras palavras que estão na tradução encontrada na margem) se dá em razão do tradutor se preocupar apenas em traduzir, palavra a palavra, o texto grego, sem se preocupar com o significado do texto que o conjunto de palavras traduzidas, uma a uma, irá formar, isso fica para a tradução marginal e é por isso que ali vemos os pronomes possessivos "THEIR“seu” (alimento) em Mateus e “sua” (medida de alimento) em Lucas, a fim de revelar o sentido do texto em seu conjunto, isso porque, tais pronomes estão implícitos no texto e portanto podem ser explicitados na tradução marginal sem que isso configure uma tradução indevida ou uma violação do texto sagrado.

Não incluir o pronome possessivo, que identifica o proprietário do alimento que o escravo distribui, também não implica em uma violação do texto bíblico, pois, com isto o único “prejuízo” é que o texto, em si, deixa de indicar, expressamente, quem é proprietário do alimento que deve ser distribuído (Jesus ou do próprio “escravo”), porém, o contexto continua indicando que o alimento só pode ser da propriedade de Jesus. É que demonstro abaixo:
O CONTEXTO DE MATEUS 24:45:
          Vou reproduzir novamente o texto de Mateus na única versão da TNM (pelo menos que eu conheça) que não traz o pronome possessivo “seu” (relacionado ao alimento) no verso 45 para demonstrar que, “no final das contas”, o contexto imediato da passagem continua indicando que o alimento a ser distribuído pertence a Jesus.
Obs – Na realidade, esta parábola termina no verso 51 mas apenas até o verso 47 já suficiente para definir, na verdade, a três questões, sendo que aqui só tratarei de uma delas – de quem é a propriedade do alimento que o escravo deve distribuir:
45Quem é realmente o escravo fiel e prudente, a quem o seu senhor encarregou dos seus domésticos, para lhes dar o alimento no tempo apropriado? 46Feliz aquele escravo se o seu senhor, quando vier, o encontrar fazendo isso! 47Digo a verdade a vocês: Ele o encarregará de todos os seus bens.
Notem o SE (no início do verso 46), o escravo só se tornaria feliz e seria encarregado sobre todos os bens do amo SE, ao retornar o Amo o encontrasse fazendo aquilo que lhe ordenou que fizesse, ou seja: “...lhes dar o alimento no tempo apropriado?
          A inexistência do pronome “seu” no trecho entre aspas acima deixar de identificar, de forma direta, a propriedade do alimento distribuído, porém, o trecho sublinhado continua fazendo tal identificação. Pensemos:
Se o alimento distribuído for uma produção do próprio “escravo”, um “escravo” não inspirado, então, é certo que o alimento distribuído estará repleto de deficiências, refletindo as deficiências humanas dos humanos autores de tal alimento espiritual e é exatamente isso que a Despertai citada afirma que ocorre. Relembre uma das citações:
Não significa que os escritos nesta revista A Sentinela são inspirados e infalíveis e sem erros”. (Setembro de 1947, página 135)
Sendo esta a realidade cabe perguntar:
 EXISTE MOMENTO APROPRIADO PARA QUE OS
“DOMÉSTICOS” DE JESUS CONSUMAM
 ALIMENTO ESPIRITUAL FALÍVEL e COM ERROS”?
JESUS O PERMITIRIA?
Outro detalhe que “salta aos olhos” no contexto dos versos 24:45 de Mateus e 12:42 de Lucas e que todos seus elementos pertencem ao Jesus, logo, o alimento também pertence a Ele. Notem:
Mateus:
Lucas
              O “escravo” ou “administrador” pertence a Jesus, os “domésticos” ou os “assistentes” também pertencem a Jesus, assim, não haveria porque apenas o alimento a ser distribuído não ser de Jesus e se o alimento é de Jesus, certamente, ele reflete a pessoa de Jesus, que segundo a Bíblia:
- É o caminha a verdade e a vida (Jo. 16:6) é o pão da vida (Jo. 6:48), a água da vida (Jo. 14:4), a verdadeira comida e bebida (Jo.6:55),  a videira verdadeira (Jo. 15:1), luz do mundo (Jo.8:12), o verbo (Jo.1:1), a palavra da vida (IJo.1:1), o autor e consumidor da nossa fé (Hb. 12:2), o Bom Pastor (Jo. 10:11 e 14), o único mediador entre Deus e os homens (1Tm. 2:5).
Devemos acreditar que alguém que tem tais qualificações fornece alimento espiritual estragado para ser distribuído ou permite que seu o escravo assim o faça, em prejuízo de seus "domésticos"?
Como a resposta, evidentemente, é NÃO, então, como poderia o próprio Jesus aprovar um “escravo” que distribui, continuamente, a seus “domésticos” alimento espiritual estragado?
Como se vê, “há para onde ocorrer”, mesmo sem o pronome possessivo “seu” expressamente presente no texto de Mateus (o que só ocorre na TMN de 2015), o alimento que o escravo distribui só pode pertencer a Jesus e creio que você, assim como eu, está certo(a) que nenhum alimento espiritual fornecido por Jesus  pode conter erros.
A mesma lógica vale para o texto paralelo de Lucas (que também não apresentam o pronome possessivo, explicitamente, ligado ao alimento, o que não impediu os tradutores da TMN de inclui-lo na tradução).
Sendo assim, só restam 3 possibilidades:

- Ou os textos de Mateus e Lucas não podem ser interpretados como o CG o faz, isto é, tomando-o por uma profecia (o que não tem nenhum cabimento).
- Ou a interpretação do CG está correta e neste caso o CG é inspirado.
- Ou a interpretação do CG está correta e o CG não foi eleito por Jesus em 1919, pois, o “escravo TJ”, encontrado por Jesus, conforme confessou o CG recentemente, comete:
12 ... erros aos explicar assuntos da Bíblia ou ao dar orientações. Tanto é que no Índice encontramos o assunto “Esclarecimento de Crenças”, com uma lista de ajustes em nosso entendimento da Bíblia desde 1870.
Como se vê, desde 1870, o “escravo TJ” já fornecia alimento espiritual contendo erros aos “domésticos” e ensino bíblico com erros nunca será “alimento no tempo apropriado”!
Por fim, confessando que nunca fez nem fará aquilo que o amo lhe mandou fazer (fornecer alimento espiritual no tempo apropriado) afirma (logo na sequência da Sentinela acima mencionada – 2/2017, p.26, §12) que:
Na verdade, Jesus não disse que o
 escravo ia dar alimento espiritual perfeito.
- Ocorre que, ao confessar isto, o CG afirma uma verdade mas o faz pela razão errada!
A intenção foi informar para as TJ (a Sentinela citada é uma revista para estudo interno, ela não é distribuída publicamente) que devem se conformar com o alimento espiritual defeituoso que recebem do CG sem reclamar nem se opor, afinal, Jesus nunca afirmou que o CG lhes forneceria alimento perfeito (foi assim que Jeová determinou)!
É verdade que Jesus nunca afirmou o que se lê no trecho em negrito acima e precisamos entender a verdadeira razão de não o ter afirmado e para descobrir, em primeiro lugar, precisamos analisar o que ele afirmou (vou usar abaixo o texto de Lucas, pois, todas as versões da TMN incluem o pronome possessivo “sua” relacionada ao alimento):
“Quem é realmente o administrador fiel, o prudente, a quem o seu senhor encarregará do grupo de assistentes para sempre dar a eles A SUA MEDIDA de mantimentos no tempo apropriado
Oque a Bíblia afirma, categoricamente, é que o alimento que o administrador (CG) fornece aos assistentes (TJ), pertence ao Senhor (Jesus).
Mesmo que retirássemos o pronome possessivo (sua) do texto, ainda assim, só poderíamos entender que a “medida de mantimentos”, distribuído pelo escravo, vem de Jesus, afinal, nunca haverá tempo apropriado para se consumir alimento espiritual que contenha erros e a única forma de garantir que a “medida de mantimentos” seja perfeita é se está pertencer a Jesus. Visto que o Jesus afirmou vejamos, de novo, o que afirmou o CG:
Na verdade, Jesus não disse que o
 escravo ia dar alimento espiritual perfeito.
Realmente! “Na verdade, Jesus não disse que o escravo ia dar alimento espiritual...” (produzido pelo próprio escravo)... ALGUM (a ele cabe, apenas, distribuir o alimento que recebe de Jesus).
- Mas se você, TJ que lê este artigo, acreditar (e a Bíblia não lhe deixa opção) que o alimento distribuído pelo escravo vem de Jesus, então, você deverá ler a afirmação da Sentinela da seguinte forma:
Na verdade, Jesus não disse que daria a seu
 escravo alimento espiritual perfeito.
O que cria um sério problema:
Jesus, por ser o fornecedor do alimento que as TJ
 recebem, via escravo, é o responsável pelos
 erros que as TJ aprendem!?
Se você, TJ que lê este texto, acreditar no que se lê acima (e o ensino do CG sobre o tema não permite outra conclusão) então preciso reavivar um conselho dado pelo CG (a pessoas de outras religiões, obviamente) mas que se aplica muito bem a você (os trechos em azul revelam adaptações no texto original para que possa ser lido por TJ).
Você precisa
examinar (...) o que é ensinado pela organização religiosa com a qual se associou. Estão os seus ensinos em plena harmonia com a Palavra de Deus ou baseiam-se apenas na tradição de ensino dos homens do CG? Se amar a verdade, não precisará temer tal exame. Cada um de nós deve ter o desejo sincero de aprender a vontade de Deus para nós e depois fazê-la. — João 8:32.
S. 15/9/69, p. 550
 Já partindo para encerrar esta 1ª parte deste artigo, indico que a cada vez que o CG cita Mt. 24:45 (é difícil encontrar uma publicação do CG que não mencione este verso bíblico pelo menos uma vez) ele está reivindicando ser inspirado e o fato de negar que o seja, algumas raras vezes, não apaga tal reivindicação, pelo contrário, revela apenas que o CG mente e, “à reboque”, leva todas as TJ a mentiram juntamente sobre este tema!
Na próxima parte deste artigo apresentei uma amostra de outras afirmações do do CG que, das formas mais variadas, reivindicam, claramente, a inspiração divina, sendo que estas, juntamente com as citações de Mt. 24:45, compõem uma verdadeira "enxurrada" de reivindicações de inspiração divina.
Para encerrar cito mais uma afirmação do próprio CG, que revela que não é possível exigir que as TJ encarem a literatura do CG com a autoridade de ensinos inspirados e, ao mesmo tempo, as façam mentir afirmando que tal literatura não é inspirada.
Não pode haver duas verdades, quando uma não concorda com a outra. Ou uma ou a outra é verdadeira, mas não ambas.  (Lv. Poderá Viver... p. 32, §19).
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Você discorda? Me diga a razão. Você vai continuar acreditando que o CG não é inspirado pelo simplesmente fato do mesmo afirmar que não é, pouco importando o que afirma a Bíblia? Nem sei o que dizer! Quer criticar este artigo de alguma forma ou quer agregar outros argumentos a ele? Me escrava, desde já agradeço.