quarta-feira, 18 de março de 2020

EXERCÍCIO: “TJ - POTENCIAIS MENTIROSAS SINCERAS”!? ®

A ideia, neste artigo, é convidar as TJ que o lerem a raciocinarem de acordo com as premissas que irei estabelecer (em artigos já escritos e em futuros artigos já defendi e irei defender a veracidade das premissas que irei neste indicar), porém, aqui, meu pedido é que tais premissas sejam admitas por verdadeiras, ainda que seja apenas durante a leitura e reflexão sobre este artigo.
Se as TJ se permitirem assim fazer (e se estiverem lendo este Blog já estarão se permitindo fazer algo que o Corpo Governante [CG] proíbe, logo, não estou pedindo nada de mais), terão melhores condições de entender a lógica que me motiva a escrever e isso lhes dará melhores condições de analisar se tal lógica é, realmente, lógica e, portanto, se dentro das premissas que me servem de “ponto de partida”, tenho ou não (no todo ou em parte) razão naquilo que afirmo.
TESE - A doutrina das “novas luzes” (baseada em Pv. 4:18) que as Testemunhas de Jeová (TJ) usam para justificar as “mudanças de entendimento” (do “sim” para o “não”, do “é”, para o “não é”, do “pode” para o “não pode”, etc) PARECE ser muito muito útil, mas, na verdade, é uma “solução” que só gera problemas pois, entre outras possibilidades, nos permite concluir, seguramente, que:
mesmo que inconscientemente, o importante para uma TJ não é ser conhecedor “da verdade” (daquilo que a Bíblia realmente ensina sobre cada tema bíblico), mas sim, conhecer, crer e ensinar a outros (como sendo verdades bíblicas absolutas) aquilo que o Corpo Governante (CG) ensinar que são verdades bíblicas, em cada momento considerado!
Isso revela que as TJ vivem uma necessária dicotomia: creem e (principalmente) ensinam para outros, cada ponto de fé que defendem como sendo “verdades absolutas”, como sendo “aquilo que a Bíblia realmente ensina”, porém, sabem que podem passar a defender algo totalmente contrário ao que ensinavam até hoje (como sendo “a verdade”, “aquilo que a Bíblia realmente ensina), já a partir de amanhã – basta que a Sentinela assim determine!
Conclusão – A doutrina das novas luzes tornam as TJ (não membros do CG) “potenciais mentirosas sinceras” ou “potenciais mentirosas de boa-fé”, afinal, quando ensinam algo, em especial no serviço de pregação ou nos estudos bíblicos domiciliares, o fazem com plena convicção de que estão ensinando a verdade, aquilo que a Bíblia realmente ensina. Elas não escondem daqueles a quem ensinam (pelo menos não em uma atitude pensada e calculada a fim de enganar) que qualquer ponto ensinado pode deixar de ser verdade a partir da próxima Sentinela que circular, mas, deixam de fazer este alerta porque estão condicionadas a pensar que o CG só ensina a  verdade sobre a Bíblia, logo, aquilo que já ensinou ou que vier a ensinar (por mais contraditório que tais ensinos sejam entre si) têm a mesmíssima qualidade – são “a verdade”, “aquilo que a Bíblia realmente ensina”!

- Minha comprovação Empírica – Eu, nunca, jamais ouvi (e não foram e nem são poucas as oportunidades no qual isso poderia ocorrer) uma TJ,  que defendeu para mim um determinado ponto de fé, encerrar sua defesa afirmando algo como:
“isso que lhe ensinei como sendo a verdade, aquilo que a Bíblia realmente ensina, pode ser, no todo ou em parte, modificado a qualquer tempo e se assim ocorrer, devemos aderir incondicionalmente ao ensino modificado”.
- Sua comprovação Empírica – E você, TJ que está lendo este artigo? Conclui seus ensinos falando coisas, ao menos, semelhantes às aspas acima? Se sua resposta for “não” (e creio que será) a sua comprovação empírica, confirma e justifica a minha!
- PREMISSAS – Ao ler o restante deste artigo peço que as TJ tenham por certo, por verdades absolutas (ainda que apenas durante a leitura e reflexão sobre este artigo) os seguintes pontos:
1 – Você crê, irrestritamente, naquilo que o CG ensina, como sendo “a verdade”, “aquilo que a Bíblia realmente ensina.
2 – Se o CG passar a ensinar algo muito diverso do que ensinava antes, a respeito de qualquer ponto de sua fé, para você o CG ensinava e continua ensinando a “verdade” sobre aquele ponto de fé (tanto antes quanto após a mudança de entendimento efetuada).
Partindo destas duas premissas proponho o seguinte exemplo:
- Se, nesta data (18/3/2020), enumerarmos e somarmos os pontos de fé nos quais você, TJ que está lendo este artigo, crê (vou fixar aqui, aleatoriamente, que o resultado da soma foi de 300 pontos de fé), é este “conjunto de verdades bíblicas” que você (e todas as demais TJ), não apenas creem, mas ensinam a outros (com total sinceridade e absoluta convicção) como sendo, cada um deles – a verdade, aquilo que a Bíblia realmente ensina!
- Se tal contabilidade fosse feita a 10 anos atrás e, ao assim fazer, se concluísse que:
Também eram 300 os pontos de fé das TJ, porém, 10 deles eram entendidos de forma completamente oposta a de hoje (do “sim” para o “não”, do “pode” para o “não pode”, etc), então, em 18/3/2010, cada um daqueles 300 pontos eram “a verdade, aquilo que a Bíblia realmente ensina” e você (e todas as demais TJ), não apenas criam neles mas os ensinavam a outros (com total sinceridade e absoluta convicção) – como sendo verdades bíblicas (aquilo que a Bíblia realmente ensina).
- Se esta mesma contagem e enumeração for feita daqui a 10 anos (18/3/2030) e se concluir que:
- As crenças das TJ continuaram totalizando 300 pontos de fé, porém, que  10 de tais pontos (os mesmos que mudaram radicalmente entre 18/3/10 e 18/3/20) voltaram a ser entendidos como em 18/3/10 você, TJ que lê este artigo e todas as demais TJ irão crer (piamente) e ensinar a outros (com toda a convicção) que cada um destes 300 pontos de fé são – A VERDADE, AQUILO QUE A BÍBLIA REALMENTE ENSINA!   
            Encarando, ainda que temporariamente, o exemplo acima como sendo uma verdade incontestável, proponho a seguinte:
DISCUSSÃO: O próprio CG ensina que:
Não pode haver duas verdades, quando uma não concorda com a outra. Ou uma ou a outra é verdadeira, mas não ambas. Crer sinceramente em alguma coisa e praticá-la não a torna certa, se realmente for errada.
                                          Lv. Poderá Viver – p. 32, parte final do §19

2Sem conhecimento exato podemos ser enlaçados por ensinos falsos promovidos pelo opositor de Deus, Satanás, o Diabo, que é “mentiroso e o pai da mentira”. (João 8:44) Portanto, se certa doutrina contradiz a Palavra de Deus, se é uma mentira, então, crer nela e ensiná-la desacredita a Jeová e nos coloca em oposição a ele. Assim, temos de examinar cuidadosamente as Escrituras Sagradas para saber distinguir entre a verdade e a falsidade. (Atos 17:11) Não queremos ser como os que estão “sempre aprendendo, contudo, nunca podendo chegar a um conhecimento exato da verdade”. — 2 Timóteo 3:1, 7.
Sentinela 1/6/88. p.15
- Não obstante o condicionamento mental e toda a sinceridade que se possa ter a verdade, como revela o próprio CG nas publicações acima, é uma só!
- Não há duas verdades quando uma não concorda com a outra: ou se estará ensinando a verdade ou a mentira (como se verdade fosse).
 - Se o conhecimento sobre certo ponto de fé é progressivo (e não exato, como se defende na Sentinela acima), a sinceridade e a boa-fé não socorrem, se estará enlaçado por ensinos de Satanás, mesmo que a fonte de tais ensinos seja o CG!
- Quem acredita na doutrina da “iluminação progressiva”, por mais que não queira, está sempre aprendendo mas nunca chegará ao conhecimento exato da verdade (não vejo como fugir desta lógica! Você vê?).  
Como já destaquei em outro artigo deste Blog, muito melhor seria se os membros do CG, ao invés de afirmar (mentiras) como esta:
5A modéstia e a humildade mental lubrificam as engrenagens da comunicação. (Pro. 11:2; Atos 20:19) As pessoas se sentiam atraídas a Jesus porque ele era “de temperamento brando e humilde de coração”. (Mat. 11:29) Por outro lado, uma atitude de superioridade afasta as pessoas. Assim, EMBORA ESTEJAMOS TOTALMENTE CONVENCIDOS DE QUE TEMOS A VERDADE, é sensato evitar falar de modo dogmático.
NMR 8/02/02, p. 8
lembrassem às TJ, a cada vez que mencionarem o tema, que aquilo no que creem é (NMR 11/1985, p. 3, §6º), na melhor das hipóteses, a:
... VERDADE ATUAL ...
e que para tê-la é necessário:
... estudar diligentemente (...) o mais recente alimento
 espiritual distribuído pelo “escravo” (...)
afinal, quem deixa de estudar as publicações mais recentes do CG fica DESATUALIZADO NA VERDADE, pois, esta não é realmente A VERDADE, é apenas a VERDADE ATUAL (e passageira).
            Ausência de intenção de enganar e boa-fé, porém, não apagam a realidade: se você ensina coisas que sabe que podem mudar, mas as ensina como sendo verdades bíblicas absolutas, você está mentindo, você está promovendo o engano e como tal você passa a trabalhar para o inimigo e não para Jeová (creio que como eu, você também considerará que isso é muito sério e que não pode continuar assim, ou pode)?
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Em especial, você, TJ que leu este artigo: Discorda das premissas que indiquei? Mesmo concordando, chegou a outras conclusões? Se sim, não deixa de indicar quais foram, escrevendo para meu e-mail e/ou deixando um comentário. Se não, da mesma forma, escreva. Encontrou alguém erro de grafia no texto? Indique-o para mim. Desde já, agradeço. 

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