domingo, 1 de março de 2020

Dialogando - NÃO SÃO FALSOS PROFETAS? I ®


Recebi um e-mail de um(a) leitor(a) (vou chamá-lo[a] de “X”) que contêm um texto no qual, basicamente, se reproduz os argumentos de uma Revista Despertai que refuta (ou pelo menos tenta refutar) a afirmação de que as Testemunhas de Jeová (TJ)  são Falsos Profetas.
“X” afirmou ter convicção de que eu mudaria meu conceito sobre as TJ após ler o texto.
Estranhei o e-mail, afinal, este é um tema que ainda não tratei de forma direta em meu Blog (embora haja menções isoladas a ele em alguns artigos - como na Carta Aberta que escrevi à TJ que se dizia “enganada por Jeová”) e nem pretendia fazê-lo neste momento, porém, devido à falta de tempo para me dedicar ao Blog, resolvi aproveitar o e-mail resposta que estou elaborando para “X” em um (ou mais) artigos para o Blog a fim de, com isso, “matar dois cajados com uma ´coelhada´ só”. É o que segue:
- Prezado(a) “X” – Muito obrigado pela visita ao Blog e pelo texto que enviou. Não sei se foi você quem o escreveu, o que posso afirmar é que se foi você, descobri que já o havia publicado na internet antes de me enviar – e não há problema nenhum nisso.

Lhe convido a ler este e-mail (pelo qual pretendo iniciar um diálogo entre nós), com a mesma vivacidade, interesse e vontade de entender o ponto de vista do autor e, até mesmo, de concordar com ele (no todo ou em parte) caso me visse convencido pelos argumentos utilizados – isto é algo que me sinto livre para fazer, haja visto o texto bíblico como uso como codinome (IITs. 5:21). Espero que se sinta totalmente livre para desfrutar da mesma liberdade e, efetivamente, desfrute dela ao ler este e-mail.
Obs – Lendo o texto enviado, percebi que os argumentos  usados estão 100% basea-dos no texto de uma Revista Despertai (que já conhecia) e que circulou a quase 30 anos atrás (22/3/1993) o que me permite afirmar que se o texto que me enviou foi escrito por você, ainda assim, os argumentos que estão ali não são efetivamente seus, você apenas aderiu a eles, assim, volto a pedir seu empenho em, efetivamente, consi-derar um outro ponto de vista (e se discordar dele, indicar as razões de assim fazê-lo).  
          A fim de organizar este e-mail, que só passou a ser escrito após ter lido e meditado, trecho a trecho, no texto que enviou, vou:

A - indicar aquilo que mais chamou minha atenção (são apenas 3 pontos).
B - estabelecer algumas premissas básicas (que vão orientar minha argumentação).
A – Pontos de Maior Interesse: 

A.1 – O termo Expectativa(s)”: Este termo (entre singular e plural) aparece 17 vezes no texto (incluindo o título) e tem uma função bem evidente e por isso merece destaque aqui e análise mais abaixo.
A.2 – Suavização dos Termos: Aqui vou lhe perguntar algo que parecerá bem estranho, mas que tem total razão de ser:
                                      Você já ouviu falar em “flexibilização de preços”?

Este é um termo que o governo usou algumas vezes ao liberar aumento de preços (em especial de medicamentos), porém, para se evitar falar em “aumento” de preços, foi utilizada a expressão “flexibilização” de preços, que torna aquilo que é ruim para o consumidor em algo bem mais “simpático”, exatamente, por ser impreciso. Ao ler o texto que enviou lembrei, novamente, deste artifício governamental (assim como da impagável “pérola” batizada pelo governo de – empréstimo compulsório)!
Ao analisar o texto vou usar o processo inverso do usado no texto (e pelo governo nos exemplos acima) a fim de que os termos e conceitos utilizados no texto tenham seu real “peso” percebido.

A.3 - Quem é acusado de ser Falso Profeta: A acusação recai sobre as TJ, cada pessoa pertencente a esta religião, individualmente (informação da qual discordo totalmente – como irei esclarecer mais abaixo). Noto uma estratégia evidente no fato do texto afirmar esta inverdade – também irei indicar a razão mais abaixo.

B - Premissas Básicas:

B.1 - Instinto Humano: Nós, humanos, somos “craques” em apontar, comentar e, principalmente, condenar os erros dos outros, porém, quando erramos (se admitirmos que erramos), via de regra, tendemos a pensar que as condições objetivas nas quais estávamos ao errar justificam o erro cometido. Explicando de forma mais completa:
            Ao sermos confrontados com nosso próprio erro, nossa atitude pode ir da negação absoluta até a admissão (no todo ou em parte) e caso haja admissão, prevalecerá a ideia de que o erro era inevitável e se não era, então, não o cometemos por querer nem por maldade. Esta é a tendência do ser humano, logo, esta é a minha tendência e não tenho porque negar, a não ser que seja para mentir!

B.2 - Instinto Humano Agravado: O indicado “instinto humano” fica multiplicado quando o erro atinge e prejudica a muitas pessoas ao mesmo tempo (aqui, se não houver negação, nossa tentativa de convencer a nós mesmos e a terceiros de que o erro não foi tão grave e danoso assim e/ou de que era inevitável e/ou de que não foi feito por maldade, será ainda mais veemente).

B.3 - Instinto Humano Extremado: Se quem erra está em posição de autoridade sobre a vida de outras pessoas, em especial se tal autoridade for religiosa, a tendência de justificar o erro, a fim de não perder a autoridade, leva o ser humano a extremar seus mecanismos de defesa e, via de regra, isso chega a um ponto tão grave que veremos algo horroroso ocorrer – a RESPONSABILIZAÇÃO DA VÍTIMA pelo autor do erro!

B.4Seletividade: É inegável que nenhum profeta verdadeiro de Jeová profere profecias 24 horas por ida, 7 dias por semana e 365 (ou 366) dias por ano, isso é, nem tudo o que ele fala é profecia. Como exemplo extremado disto, lembro que quando um profeta pronuncia palavras sem contexto, como todo ser humano está sujeito a falar enquanto dorme, não estará profetizando. Tal realidade (ser profeta, falar, mas não estar profetizando), porém, não pode servir de “via de escape” para os falsos profetas (voltarei a este tema ao tratar do texto bíblico de Deuteronômio que irei transcrever e comentar mais abaixo).

B.5 – Auto Denúncia: Anunciar datas para “um fim do mundo” é algo tão biblicamente absurdo que tenho que enxergar com total surpresa e espanto quando aquele que assim anunciou tenta usar, a seu favor, o absurdo que é anunciar datas para o fim (isso eu só posso chamar de – desespero defensivo)! Na Despertai citada veremos que isso, por incrível que pareça, ocorre!
Feitos estes destaques, passo a considerar a argumentação usada, na ordem em que aparecem no texto que me enviou:

1 – Cada TJ, um(a) falso(a) profeta?
            O texto (inclusive o da Despertai mencionada) dá por correto (por mais incorreto que isso seja) que são as TJ (individualmente) as acusadas de serem falsos profetas, porém, isso sim é falso, não obstante, tal falsidade muito útil, pois, ela desperta em cada TJ que ler o texto a noção de que deve se defender de tal acusação "pessoal", o que, além de desviar o foco (de onde ele efetivamente está – o CG) aumenta a disposição mental das mesmas aceitarem os argumentos usados no texto, sem a necessidade de maior reflexão, afinal, o texto as está defendendo!
Porém, à pergunta título acima, deve ser respondido um profundo - Não!
Falso profeta é quem formula e primeiro divulga a
profecia falsa (que é falsa desde sua formulação)
e que vem a se confirmar falsa com o tempo.
Quem, meramente, divulga a profecia de outrem por acreditar, com todas as forças do seu ser, que as palavras deste “outrem” são o “alimento no tempo apropriado” (pertencente ao próprio Jesus – conforme revela o segundo pronome possessivo “seu” no singular, usado no verso 45 de Mateus 24 – TNM com Referências), é tão (ou até, mais) vítima do falso profeta e de sua falsa profecia, quanto são as demais pessoas que vierem a ser convencidos por ela.
É verdade que a TJ “comum” acaba sendo agente propagador de falsas profecias mas, isso não faz delas (efetivos e verdadeiros) falsos profetas, pois as TJ “comuns” e mesmo as “ungidas” não pertencentes ao CG, só recebem e divulgam alimento espiritual de “segunda mão” e é exatamente por isso que não podem ser considerados Falsos Profetas (o texto de Deuteronômio, que veremos abaixo, deixa isso claro).

2 – Análise de Deuteronômio 18:20 a 22: Logo após usar da acusação (genérica e falsa) de que a pecha de “falsos profetas” é de cada TJ, por terem divulgados datas que se mostraram incorretas, é citado o texto bíblico indicado (abaixo transcrito com destaques, a fim de que o analisarmos):
“o profeta que PRESUMIR de falar em meu nome alguma palavra que não lhe mandei falar ou que falar em nome de outros deuses, tal profeta terá de morrer. E caso digas no teu coração: “Como saberemos qual a palavra que Jeová não falou?” QUANDO O PROFETA FALAR EM NOME DE JEOVÁ e a palavra não suceder nem se cumprir, esta é a palavra que Jeová não falou. O profeta proferiu-a presunçosamente. Não deves ficar amedrontado por causa dele.”

Alguns pontos me “saltam aos olhos” quando leio o texto acima. São eles:

- Quem é Verdadeiro Profeta? – Uma primeira resposta (mais completa) seria: “aquele que fala coisas que se cumprem, a princípio, é um verdadeiro profeta, mas,  para ter o “selo de verdadeiro profeta”, é necessário que aquilo que disse e se cumpriu tenha vindo diretamente de Jeová, do contrário, mesmo havendo o cumprimento exato do que disse, não se poderá classificá-lo como um “verdadeiro profeta de Jeová”.
              Uma resposta mais curta (obtida à contrário sensu do indicado nos dois versos acima) seria:
“aquele que se limita a falar aquilo que, efetivamente,
 recebeu de Jeová para ser dito”.

              Obs – É exatamente por isso que as TJ, em geral, não podem ser chamadas de “falsos profetas”, pois, elas só divulgam aquilo que o CG manda que divulguem (aquilo que for publicado nas literaturas produzidas pelo CG, em especial, na Revista Sentinela). Para ser profeta, porém, é necessário receber “alimento no tempo apropriado” em “primeira mão” (como reivindica o CG) e não de “segunda mão” (como ocorre com as TJ em geral).

- Em Resumo – As TJ reproduzem as palavras e profecias do CG por crerem, piamente, que elas são “alimento espiritual no tempo apropriado” entregues ao CG por atuação divina. Segundo o texto bíblico, falso profeta é aquele que fala, ou presume falar em nome de Jeová, palavras que Jeová não lhe mandou falar e as literaturas do CG repetem, diversas vezes, que o CG é o único “canal de comunicação de Deus”, logo, se Jeová só se comunica, via CG, somente o CG pode ser, por definição, classificado como verdadeiro ou falso profeta.  Por todos, cito o seguinte exemplo:

Todos os que desejam entender a Bíblia devem reconhecer que a “grandemente diversificada sabedoria de Deus” pode ser conhecida através do canal de comunicação de Jeová, o escravo fiel e discreto. — João 6:68
S.1/10/94, p.8
- Como reconhecer (para além da auto reivindicação) um verdadeiro Profeta de Jeová hoje? – Minha resposta é: salvo pela certeza que advêm da fé (Hb. 11:1), nunca nos será possível ter certeza absoluta se alguém que se reivindica profeta de Jeová hoje,  é verdadeiro, pois, o único critério que temos (pelo menos segundo estes dois versos do livro de Deuteronômio) está no cumprimento exato daquilo que predisse, porém, tal critério não é conclusivo, pois, como já dito, é necessário que as palavras que se cumpriram tenham origem em Jeová, do contrário, mesmo com o perfeito cumprimento, não haverá certeza da legitimidade do profeta.
       Assim, o único critério absoluto que temos serve apenas para identificar falsos profetas e não para autenticá-los como verdadeiros – o que já nos é suficiente “X”.

Neste ponto, tenho que lembrar do belíssimo e poético texto de Is. 55:10:
10Como a chuva e a neve descem dos céus e não retornam para eles sem regarem a terra e fazerem-na brotar e florescer, a fim de que ela produza sementes para o semeador e pão para os que dele se alimentam, 11assim também acontece com a Palavra que sai da minha boca: Ela não voltará para mim vazia, mas realizará toda a obra que desejo e atingirá o propósito para o qual a enviei.
Jeová não “trabalha com o engano”, não há contratempos com suas palavras, assim, uma vez saída de sua boa e reproduzida (tal e qual) por seu verdadeiro profeta, não haverá erro, as exatas palavras de Jeová, reproduzidas pelo profeta irão se cumprir com precisão absoluta, nenhuma interferência, deficiência ou ansiedade humana será capaz de perverter uma vírgula de tal palavra, e é exatamente por isso que a “fórmula” dada no texto de Deuteronômio já nos é suficiente: – se a palavra divulgada pelo profeta não se cumprir, nos exatos e absolutos termos que foram por ele anunciadas podemos, com toda a tranquilidade, apontar para o anunciador original de tais palavras e afirmar – ALI ESTÁ UM FALSO PROFETA

- SELETIVIDADE PROFÉTICA? – Retomando o ponto que deixei em aberto mais acima, necessário delimitar bem que, o fato de que nem toda palavra dita por um profeta (verdadeiro) de Jeová, é uma profecia de Jeová, não pode se transformar em uma “desculpa” para falsos profetas e neste sentido temos que perceber que a questão do tempo necessário a se revelar se o profeta é falso, só se dá do ponto de vista humano, isso é, nós é que precisamos esperar para ver se a palavra proferida pelo profeta se mostrará verdadeira ou falsa para que possamos chegar a alguma conclusão sobre ele, mas para Jeová, obviamente, não é assim: ou ele comissionou alguém para falar como seu profeta ou não fez isso, logo, se alguém que não foi comissionado por Jeová fizer uma profecia em nome Dele (por mais sincero que tal pessoa seja em acreditar que aquelas são palavras de Jeová) de antemão, Jeová já sabe que ali está um falso profeta (mesmo que tal palavra, por outras razões, se cumpra integralmente).
            E é aqui que o falso profeta pode (pensar) que conta com uma via de escape para fugir ao título de falso profeta, qual seja: Como o julgamento humano sobre o profeta e  a profecia depende da fluência do tempo, pode o profeta se aproveitar disso para usar do seguinte artifício (que expresso abaixo de forma bem “despojada”):
Se algo dito no passado pelo profeta “deu bom” no futuro – o profeta se aproveita disso para afirmar: Quando assim falei, falava como profeta de Jeová, porém, se algo dito no passado “deu ruim” no futuro, aí o profeta defende que quando disse aquelas palavras não estava atuando como Profeta de Jeová!
Esta seletividade, esta “malandragem” pode funcionar com muitos humanos mas não funciona com Jeová, pois este sabe, desde o início, se o profeta é verdadeiro ou falso e o fato de um falso profeta conseguir enganar a muitos (com o artifício indicado), não transforma sua natureza de falsa em verdadeira.
            Após, o texto afirma que podemos aplicar a “fórmula” de Deuteronômio “às TJ”, leia-se (para ser preciso) – “ao CG” e não concluiremos que encontramos um falso profeta.
Vejamos as razões apontadas (que nada mais são que uma transcrição de uma nota de roda-pé da Revista Despertai indicada).  Vou transcrever a parte inicial dela (sublinhados, enumeração e destaques acrescidos) a fim de comentar:
 IAs Testemunhas de Jeová, IIdevido ao seu anseio pela segunda vinda de Jesus, IIImencionaram datas que se mostraram incorretas. IPor isso, há quem as chame de falsos profetas. IVNo entanto, nunca NESSES CASOS presumiram que suas predições eram feitas ‘no nome de Jeová’. VINunca disseram: ‘Estas são as palavras de Jeová.’

IComo já dito, discordo completamente, ainda mais quando noto que a estratégia do CG é transformar as TJ de vítimas em culpadas!
II “Anseio” das TJ pela segunda vinda de Jesus, como justificativa para marcar falsas datas para o fim? Sinceramente, “X”!

Obs - Antes de comentar, mais uma vez é necessário lembrar que o (suposto) anseio, que levou a marcar datas, nada tem a ver com as TJ, tem a ver sim com o CG.
1 – O CG ensina que o segundo advento de Jesus ocorreu em 1914, porém, após esta data a STV marcou outras datas para o fim (1925, 1942 e 1975 são só alguns dos exemplos) e isso já revela que não foi a “ânsia” pelo “segundo advento” que levou à marcação de tais datas (a verdadeira “ânsia” do CG está na Guerra do Armagedom, ou seja, na eliminação da terra de quem não for TJ e na transformação desta em um paraíso).
2 – Vejamos a mensagem de At. 1:6 – 7 (que de forma, impressionante, estará citado no texto que você me enviou)!
 “Senhor, é neste tempo que restabeleces o reino a Israel?” Disse-lhes ele: “Não vos cabe obter conhecimento dos tempos ou das épocas que o Pai tem colocado sob a sua própria jurisdição.” 
Qualquer pessoa que saiba interpretar texto (ele nem precisa ser cristã) percebe, ao ler o verso acima que, segundo o texto, não adianta tentar obter conhecimento sobre “tempos ou épocas” que Jeová reservou só para Si e que tentar assim fazer OFENDE a Jeová, por tentar ingressar em um conhecimento que o mesmo não fornece e informa que não fornece.
            - Será que que membros de CG não conseguem perceber esta realidade?
- Será que a “ânsia” por conhecer “tempos e épocas”, realmente, serve de “salvo
conduto” para fazer o que Jeová proíbe, em nome de Jeová?

3 – “X”, se “ansiedade”, realmente, autoriza o CG a fazer aquilo que sabe que não pode fazer, então, temos que tal autorização se torna cada vez mais forte pois, a ansiedade se torna cada vez maior quando eventos que se esperam, ansiosamente, demoram a ocorrer, logo: 
 - DEVE o CG continuar anunciando datas (pois seu “salvo conduto”, está cada vez mais forte), porém, se assim não o fizer, é porque, dentro da lógica que utilizou para se justificar:
 - perdeu a “ânsia” que alegou como desculpa (o que “pega” muito mal para o CG, pois tal ânsia só deveria ficar cada vez maior);
- ou percebeu que a tal “ânsia” nunca foi desculpa por tentar fazer o que não pode fazer, logo, terá que arrumar uma outra desculpa!
Na sua opinião, qual dessas hipóteses vale hoje, “X”?
III Mencionaram datas”? “X”, como já havia indicado, uma das estratégias do texto é suavizar os termos, pois, se estes fossem escritos de acordo com a realidade, enfraqueceriam os objetivos de seu escritor.
Desculpe “X” mas transformar os termos certeiros que o CG usou ao fixar datas em “mencionaram datas” e afirmar que tais datas criaram “certa expectativa” (é neste sentido que o termo “expectativa” é usado) e, ao mesmo tempo, tentar justificar que fizeram aquilo que Jeová proíbe que seja feito, em razão da ANSIEDADE - recorre a evidente desonestidade intelectual.
O uso de “Mencionar data”  e com elas gerar “certa expectativa” no texto analisado, quer levar o leitor a acreditar que quando assim ocorreu, tudo não passou de  alguma citação genérica, em uma nota do rodapé, que de forma indireta apenas cogitou, em termos vagos, uma possibilidade de certo evento bíblico estar relacionado a certa data futura e que tudo não passou disso!
Quer fazer crer, também, que as TJ (que estavam todas ansiosas pelo segundo advento) não se deram ao trabalho de ir de porta em porta anunciando a data do evento tão esperado, até porque, nem devem ter encarado a marcação da data pelo CG como sendo “alimento no tempo apropriado” provido pelo “escravo fiel e discreto” a quem o próprio Jeová designou sobre todos os seus bens (Mt. 24:45)!?
“X” você sabe que não foi e nem poderia ter sido assim, afinal, quem marcou datas movidos pela “ânsia”, certamente, teria ainda mais “ânsia” de anunciar a data, até para demonstrar que está na religião que conta com o favor especial de Deus, afinal, tem um conhecimento vital que falta às demais religiões.
Como o objetivo aqui não é tratar das (muitas) “fake prophecies” do CG, não vou me aprofundar, vou citar apenas uma delas (referente ao ano de 1925) para que você possa perceber se as “TJ” apenas “sugeriram” a data de 1925 e se isso gerou apenas “certa expectativa”:

O livro  Proclamadores p. 425, afirma:
“Que mensagem empolgante proclamavam — “milhões que agora vivem jamais morrerão!” O irmão Rutherford proferira em 1918 um discurso sobre esse assunto. Era também o título dum folheto de 128 páginas publicado em 1920. De 1920 a 1925, esse mesmo assunto foi abordado vez após vez EM TODO O MUNDO em reuniões públicas em todas as regiões em que houvesse oradores, e em mais de 30 idiomas.” 
        Agora, note  como foi a “mera menção” a data de 1925, no referido “folheto” (p.111):
      
      A cousa principal a ser restituída é vida á raça humana; desde que outras escripturas definitivamente estabelecem o facto, de que Abrahão, Isaac e Jacob resussitarão e outros fieis antigos, e que estes seriam os primeiros favorecidos, PODEMOS ESPERAR EM 1925 a volta desses homens fieis de Israel, resurgindo da morte e completamente restituído á perfeição humana, os quaes serão visíveis e reaes representantes da nova ordem das cousas na terra.”
A data de tal evento é, sem dúvida, uma daquelas que Jeová reservou só par si, coisa que não está sob a jurisdição do homem (e em 1925 já fazia muito tempo te tal proibição era conhecida) porém, ainda assim, houve esta “pequena menção” àquilo que ocorreria no ano de 1925, em várias partes da terra e em mais de 30 idiomas!
            Poderia citar muitas outras literaturas da STV referentes a outras “datas mencionadas” mas essa é suficiente a revelar que se o escritor de tal Despertai teve que mentir ao relatar os fatos é porque aquilo que ele quer nos fazer crer, só pode ser falso.

IV  “nunca NESSES CASOS presumiram que falam em nome de Jeová”
“X”, com todo o respeito, aqui tenho que afirmar: para o escritor deste artigo da Despertai, “desonestidade pouca é bobagem”.
Lembra quando mencionei a “via de escape” dos falsos profetas (onde “dá bom” me reafirmo como “profeta de Jeová” e onde “dá ruim” afirmo que não estava falando como “profeta de Jeová”)? Não é exatamente isso o que vemos na afirmação ora comentada?
À contrario sensu do que está escrito no trecho IV acima então, em OUTROS CASOS (não comprometedores), aí sim o CG falou em nome de Jeová!

Aí fica muito fácil se reivindicar profeta
  verdadeiro, não é mesmo, “X”?
VINunca disseram: ‘Estas são as palavras de Jeová.’
Ou o CG abraça ou nega o título de “escravo fiel e discreto”, mas, enquanto o reivindicar e, razão disso, continuar exigindo que seja encarado como o “escravo fiel e discreto” de Mt. 24:45 e, portanto, como aquele que distribui “alimento no tempo apropriado” (alimento que lhe é dado por Jesus, conforme indica este mesmo verso bíblico, claramente), não poderá afirmar que certas coisas que disse, enquanto escravo fiel, não era “alimento no tempo apropriado”.
Além disso não era necessário dizer “estas sãos palavras de Jeová” para serem entendidas como tal, pois, se o CG as falou, na condição de “escravo fiel e discreto”, já temos (ou pelo menos deveríamos ter) a garantia bíblica de que tais palavras são “alimento no tempo apropriado” e a única forma do alimento ser apropriado é se vier de Jeová e não do escravo (por mais ansioso que ele esteja).
            Além disso, poderia citar inúmeras literaturas do CG nas quais, sem fazer qualquer ressalva, o CG se afirma que é profeta de Jeová comissionado a falar em Seu nome. Segue apenas um exemplo:

O QUE SE EXIGE DO MENSAGEIRO DE DEUS
Portanto, quando chegou o tempo para o nome de Jeová e seus propósitos serem declarados ao povo, junto com a advertência de Deus, de que a cristandade se encontrava no seu “tempo do fim,” quem estava habilitado para ser comissionado? Quem estava disposto a empreender esta tarefa gigantesca como “servo” de Jeová? Existia alguém a quem o “carro” celestial de Jeová se podia dirigir e parar na frente dele? De modo mais preciso, havia qualquer grupo ao qual Jeová estaria disposto a dar a comissão de falar como “profeta” em Seu nome, assim como se fez para com Ezequiel, lá em 613 A. E. C.?
S. 15/9/72 p. 537
Nem preciso transcrever o restante do texto para que conclua a qual grupo religioso esta Sentinela irá identificar como sendo aquele que Jeová comissionou a “falar como “profeta” em Seu nome”, preciso?
“X”, esta resposta já está bastante longa e ainda tenho mais a escrever e por isso vou transformar aquilo que já escrevi acima em uma primeira parte de nosso diálogo sobre este tema que propôs e, assim que possível, escrevo o restante dele.
       Peço que medite, profundamente, em tudo o que expus acima e me escreva indicando o que muda e não muda em sua convicção de que esta seguindo a um verdadeiro profeta e a razão de ter ou não mudado (minha intenção inicial é só escrever a segunda parte deste e-mail após receber suas considerações).
Att. 
IITs. 5:21.
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 Aos demais leitores: Quer concordar? Quer discordar? Quer acrescentar algo? Quer indicar alguma necessária correção gramatical no texto? Escreva para mim: 1tessalonicenses5.21@gmail.com – desde já, agradeço.

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