Para poder funcionar legalmente no
país, as TJ precisaram se registrar de acordo com a lei brasileira e para tal
escolheram a forma de Associação, cujos aspectos já foram apresentados na
primeira parte de artigo (Preambulo).
Aqui, ainda antes de analisar a
ilegalidade das Comissões Judicativas, estará em pauta o Estatuto da Associação
TJ, no qual vou destacar apenas os artigos, incisos e parágrafos mais
relevantes e/ou curiosos, portanto, não irei reproduzir a integra do Estatuto
(irei comentar os trechos que sublinhar usando a mesma cor de letra que usei em
cada sublinhado).
O objetivo desta segunda parte (além
do destaque de curiosidades) é já revelar alguns elementos que serão úteis quando
analisar a ilegalidade das Comissões Judicativas, na próxima parte deste
artigo.
É o que segue:
Interessante notar que o compromisso assumido
publicamente perante o governo brasileiro (ao citar At. 20:20) e ao afirmar que
disseminaria “verdades bíblicas” não é nem nunca foi, de fato, a realidade,
afinal, aquilo que as TJ ensinam é repetição do aprendem do CG e, embora este
se auto proclame “canal de comunicação que Deus usa”, como se vê abaixo:
A menos que estejamos
em contato com este canal de comunicação usado por Deus, não
avançaremos na estrada da vida, não importa quanto leiamos a Bíblia (S. 1/8/82, p.27, §4º)
a
verdade é que uma Sentinela recente, sob
o título “Como Jeová Guia Seu Povo Hoje”,
confessa que pelo “canal de comunicação de Jeová” a guia que Jeová provê
não se dá com:
e que tal canal:
...nem é perfeito.
Assim as “verdades” que dissemina podem ser apenas:
....erros ao explicar assuntos
da Bíblia ou ao dar orientações.
E é por estas razões que tais “verdades” que ensina têm que ser
corrigidas constantemente:
Tanto é que no Índice
encontra-mos o assunto “Esclarecimento de Crenças”, com uma lista de ajustes em
nosso entendimento da Bíblia desde 1870.
Não obstante ser
(ou pelo menos se dizer) o “canal de comunicação de Jeová”:
Na verdade, Jesus não disse que o escravo
[= o canal de comunicação que Jeová sua] ia dar alimento
espiritual perfeito. (S. 2/2017, p. 26, §12)
Como se vê, nem diante das autoridades brasileiras,
nem diante de todas as pessoas para as quais as TJ “deixam” as publicações do
CG e, em especial, nem para as próprias TJ, o CG diz a verdade quando afirma
que dissemina “verdades bíblicas” o que, realmente, deveria fazer se fosse,
efetivamente, um mero “canal de comunicação” pelo qual Jeová “ensina assuntos
bíblicos e “dá explicações”!
Mais
uma vez é necessário apontar que pessoas treinadas e equipadas com “verdades” e
que recebem “orientação” incorretas (provenientes do “canal de comunicação que
Jeová usa”) não estão habilitadas a ensinar “verdades da Bíblia” ao menos não
plenamente.
Como se
tem dito muito ultimamente “não existe almoço grátis”, isso é, tudo tem um
custo, assim, se foi produzido é porque alguém pagou ou vai pagar.
Por muitos anos as TJ compravam as
publicações nos SL e vendiam (a baixo custo) estas mesmas publicações (ou as “colocavam”
– como o CG as ensina a dizer a fim de evitar o “pecaminoso” termo - vender),
em seu serviço de pregação a quem se interessasse e com isso a STV ganhava até duas
vezes o valor de cada literatura “deixada”.
Ocorre que uma questão envolvendo
impostos (nos Estados Unidos), que, inclusive, levou a STV a apoiar uma ação
proposta pelo pregador evangélico Jimmy Sweggart, referente a impostos sobre
livros de outros materiais, fez o CG
mudar a política em relação às publicações, gradativamente, em todo o mundo e
com isto, agora, as TJ não são (diretamente) obrigadas a comprar as publicações
que irão “colocar” durante o serviço de pregação e não se pede mais, ao menos
diretamente, que os interessados paguem pelas publicações, mas “donativos” são
aceitos por elas, sendo que as quantias assim arrecadadas são colocadas na
caixa de ofertas nos SL.
Obs
– Tenho informações seguras que a STV no Brasil (e assim deve ocorre em todo o
mundo) barra o envio de novas publicações (e todo o mês há novas publicações)
para os SL que deixam de enviar, mensalmente, a quantia determinada ou enviam quantia
menor que a esperada e, ainda, são enviadas cartas de cobrança aos SL! Esta
prática cria um fator de pressão para que a renda esperada de cada SL não
caia!
Sem dúvida a Associação precisa adquirir propriedades
para construção de dependências destinadas ao uso da religião mas, o que me
chamou no trecho acima, foram as
“operações financeiras”. Será que o CG mantêm investimentos rendendo juros em
bancos, por exemplo? É algo que preciso pesquisar, nunca havia pensado nisto.
É este o nome (Voluntários) que recebem as TJ que não
fazem (juridicamente) parte da Associação, elas são – voluntárias.